A ESPIA, Uma MULHER dos diabos
O realizador Jorge Paixão da Costa deu-lhe tanto na cabeça que a atriz corrigiu um defeito que trouxe da América. Em duas semanas ficou uma espia perfeita
Ao fim de 12 anos a brilhar em Hollywood, eis que Daniela Ruah retorna a Portugal para se estrear, dia 8 de abril, em A Espia, nova série da RTP1, no papel da enigmática Maria João Mascarenhas, uma potencial agente secreta que estava escondida na vida rotineira de uma entediada dona de casa, que uma amiga, espia profissional, a britânica Rose Lawson (Maria João Bastos), irá desencaminhar para a causa dos Aliados.
“Fiz a preparação da personagem para me adaptar porque faço sempre personagens rebeldes e estou a habituada a falar muito rápido, coisa que não pôde acontecer aqui”, desvenda Daniela Ruah à TV Guia, contando ainda como será o seu papel na narrativa: “A Maria João fuma em público, coisa que as mulheres nos anos 40 não faziam. E depois é casada, dona de casa e trabalha na empresa de transportes da família do marido. Na sombra é operacional, uma espia, coisa que, eu saiba, as mulheres não costumavam muito fazer nessa época [risos]. Não era comum. Ela será uma operacional que tudo fará para atingir os seus objetivos.”
Com pouco tempo para se preparar para esta personagem – teve de estar pronta em duas semanas, deixando o ritmo da endiabrada Kensi Blye, em NCIS-LA –, Daniela Ruah, de 36 anos, reconhece as limitações.
“O tempo é de maior calma. O Jorge Paixão da Costa pediu-me várias vezes para desacelerar nas falas e apontou-me um tique que trago dos Estados Unidos... Lá falamos mais depressa.”