TV Guia

“Gostava de ter mais SEGURANÇA”

Há cerca de oito meses sem trabalho, o ator decidiu fazer uma viagem com os amigos. Para trás fica a namorada, com quem recentemen­te teve uma conversa séria que o fez pensar no namoro de outra forma

- TEXTO HUGO ALVES I FOTOS RICARDO RUELLA

Esteve a fazer a novela Paixão, passou alguns meses a fazer teatro e agora regressa à ficção novamente Ainda na SIC... não está fechado, nada absolutame­nte mas tudo aponta nesse sentido [cruza os dedos para dar sorte]. Fica ansioso quando o trabalho parece que não aparece? Sim, há bastante ansiedade. Não saber o que vai acontecer durante vários meses é angustiant­e. Quando se espera 6 e 8 meses por outro projeto em televisão é complicado. É porque o teatro não dá muito dinheiro. Eu adoro, pelo amor que tenho à profissão e à arte, mas o que põe comidaa

Apesar destes grandes períodos entre projetos sente-se um menino querido da SIC? Só posso dizer isso porque estou lá há bastante tempo. Mas não tenho qualquer contrato com eles, apesar de ter um carinho gigantesco por todos os que lá trabalham Tem pena de não ter essa exclusivid­ade? Tenho! Gostava de ter, claro. É uma segurança. Mesmo parado receberia na mesma. Sonha em ser protagonis­ta? Claro que sim! E sei que vou fazer um dia o papel de protagonis­ta. Agora estou à espera dessa oportunida­de. Não é estar a vangloriar-me. Trabalho para isso custa. E se o fizer vai dar-me uma bagagem diferente.

“Sei que um dia vou fazer um papel de protagonis­ta. Não é estar a vangloriar-me. Trabalho para isso e sempre foi um objetivo”

No meio disto tudo como fica o projeto A Minha Maneira, na SIC online?

Está em reestrutur­ação. Quero pensar num conteúdo mais elaborado. O projeto não estava ao meu gosto.

O que é que faltava? Faltava conteúdo. Como assim?

Não quero produzir qualquer coisa. Quero fazer e produzir conteúdos que de facto importem. Não quero fazer por fazer, que era o que estava a acontecer. Havia muito improviso banal e não era isso que pretendia quando comecei a fazer este projeto. Tem de ser algo bem feito, durante a produção do programa houve vários problemas, os câmaras da SIC estavam muitas vezes ocupados...

O que faz quando não tem trabalho? Tento arranjar alguma coisa para ocupar a cabeça. Custa-me muito não ter nada que fazer. Até levantar-me da cama é complicado quando não há trabalho. Sinto que não há nada à minha espera .... Como é que os seus pais lidam com isto tudo? Tem só 23 anos...

Eles acompanhar­am o meu cresciment­o enquanto ator e percebem a minha vida, esta irregulari­dade de horários, esta instabilid­ade [faz uma pausa]. A minha mãe diz que eu não sei viver sem fazer nada. Por isso mesmo estamos a pensar num plano B no caso da minha vida como ator não correr tão bem. Por exemplo, neste momento já estou parado há 8 meses e devo ficar no total perto de um ano. É muito! E isto leva-nos a pensar. Por isso vou dedicar-me ao imobiliári­o. Os meus pais tem já têm um negócio e eu também vou fazer umas coisinhas. Vê-se a vender casas? Vender não. Mas a minha ideia e dos meus pais era restaurar uma e depois pô-la a render. Temos já vários espaços e vamos ver como corre. Não quero é estar sem fazer nada, complica-me com os nervos [risos]!

O AMOR CRESCEU

É esta instabilid­ade profission­al que ainda não o fez sair de casa? Também. Isso e não querer enfrentar o trânsito que me põe louco. Já o poderia ter feito e os meus pais davam-me todo o apoio porque para eles eu tenho que fazer o que entender.

Então?

A verdade é que eu não os incomodo muito porque a nossa casa é um duplex e até tenho o meu espaço. E depois, para dizer a verdade, ainda não sinto necessidad­e de estar fora de casa dos meus pais. Vamos ver o que o futuro me reserva [risos]. Entretanto, antes de voltar às novelas vai viajar...

Para a Ásia, durante 22 dias: Hong Kong, Malásia, Vietname, Singapura e Kuala Lumpur. Vou com dois amigos que vão fazer Erasmus. Eles depois ficam na Coreia do Sul e eu volto para as novelas. Vamos divertir-nos, queria fazer esta viagem há muito tempo!

Peço-lhe que esclareça uma coisa: Corre o rumor que está solteiro e que se separou de Sandra Sousa. Nada disso! Estou com a minha Sandrinha! Vamos fazer três anos juntos dia 25 de março.

Mas a sua namorada não vai na viagem...

E ela já me disse que ainda não me fui embora e já está cheia de saudades minhas.

Vivem uma relação a pensar no futuro?

Vou esclarecer-vos. Nós tivemos um período difícil na nossa relação há uns tempos. Daí os rumores. Mas voltámos a estar como antes.

O que os levou a essa reconcilia­ção?

Houve uma grande conversa e a nossa relação mudou bastante.

O que é que tinha falhado?

[faz uma pausa grande] Tínhamos uma relação de miúdos antes disto tudo.

E agora?

E agora começámos a ver que gostamos mesmo um do outro, não queremos que nem um nem outro sofra e começámos a ouvir-nos. Tentámos melhorar os dois. E agora estamos melhor que nunca. Está mesmo fixe a nossa relação. Voltando à viagem e para perceberem: a Sandra sabe que vai ser muito importante para mim fazer esta viagem com os meus amigos e apoia-me a 100 por cento. Mais, convidei-a para vir connosco, mas ela vai estar a trabalhar. Mas havemos de fazer outras viagens só os dois. Está tudo bem!

Tem sido visto muitas vezes a fazer exercício físico na zona do Jamor. Esta aposta em cultivar o corpo a que é que se deve? À falta de trabalho?

Não, vou explicar. Comecei há duas semanas. Já estive em vários processos de treino, mas com o trabalho que fui tendo acabava por perder a motivação. Nem vontade tinha sequer para sair de casa e ir aos treinos depois de um dia de gravações. E agora juntei-me ao Miguel Taborda e começámos a fazer essa dita

“Eu e a minha namorada começámos a ver que gostamos mesmo um do outro e não queremos que nem um nem outro sofra”

cultura do corpo ao ar livre, que para mim faz melhor à saúde, à cabeça, com a vantagem de poder trazer o meu cão.

Mas faz isto porque se sente em baixo de forma?

Não quero ter um corpo ideal nem tê-lo muito trabalhado, que é o que hoje muita gente almeja. Nada disso. Quero é sentir-me bem comigo e estar disponível para abraçar desafios físicos como ator. E depois isto de estar bem leva a que com corpo são a mente esteja sã. E temme ajudado agora que não tenho

tido tanto trabalho.

Falou no seu cão. É impossível não falar no Frango...

Ele é uma dádiva à minha vida... Então?

Vou contar como é que fiquei com ele: estava numa festa em casa de um amigo, na Pontinha. Eram 3 da manhã quando tive de ir ao carro buscar a carteira. Quando voltei a casa desse amigo meu estava um cãozito parado à porta. Muito pequenino, muito sujo, a tremer imenso de frio e medo... e eu rendime. Ali! Apaixonei-me pelo cão. E

agora não sei ir a lado nenhum sem ele. Foi amor à primeira vista. Porque é que lhe chamou Frango? Não é um nome muito comum. [risos] É a alcunha do grupo de amigos com quem estava, os Frangos. Inicialmen­te até lhe chamei

Velho da Guarda (em homenagem à nossa equipa de futebol) mas depois achei que era horrível e mudei para Frango Velho da Guarda. E batizei-o assim no veterinári­o, que me disse que era o primeiro cão que conhecia com três nomes!. ●

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