Contra as adopções
A actriz, de 38 anos, mãe de duas meninas, rejeita a ideia de adoptar um filho, por não saber se teria “a capacidade de amar da mesma forma”
Na ficção, Bárbara Norton de Matos, de 38 anos, consegue convencer o público de que está pronta para adoptar um acriança, mas, na vida real, não é bem assim. A actriz de Paixão não acredita que poderia amar alguém adoptado como ama as suas filhas. “Mesmo tendo filhos, há pessoas que adoptam, acho que é uma grande coragem de quem faz. Para mim, acho queé um risco, não sei se tinha a capacidade de amar da mesma forma”, diz aos jornalistas no intervalo das gravações da novela da SIC, ela que é mãe de duas meninas, acrescentando que “não ia ser justo para a criança”, pornão saber “se o amor iria ser igual”.
“A situação ideal é que não houvesse crianças para adopção”, continua. Para a actriz, “não pode ser uma decisão tomada de ânimo leve, porque é uma criança e nós não sabemos o que é que vem com ela… Vêm muitos problemas, ou podem não vir, e a pessoa tem de saber lidar com isso tudo. Normalmente, este tipo de crianças têm muitos traumas, é preciso ter preparação para isso. Não é fazer só porque é giro. Há muita gente que faz isso.”
É TUDO UMA “LOUCURA”
Satisfeita coma sua família como está,Bárbara Norton de Matos fala ainda da sua rotina, agora que está casada há quase oito meses, definindo-a como uma “loucura”. “Fora daqui [da televisão] sou uma mulher normal: mãe, dona de casa. Ainda há bocado estava a fazer sopas, e agora estou aqui.”
O marido, Ricardo Areias, “ajuda, mas tam- bém trabalha muito”. Esta fase tem sido ainda mais complicada devido à diferença de idades das filhas. A mais velha, Luz, de 11 anos, já “quer ir ao cinema, com as amigas, e jantar fora”. “Começa muito cedo. Depois, é o telemóvel, o Instagram, a privacidade, aquelas coisas que é preciso estar sempre muito atento para os encaminhar”, considera, à nossa revista.
Enquanto a pequenina, Flor, que vai fazer dois anos em Maio, exige mais fisicamente. “Estou sempre atrás dela para não fazer asneiras. É uma idade muito perigosa, tem que se está sempre atento”, completa, com um sorriso.