24 HISTÓRIAS INSÓLITAS DA VOLTA A FRANÇA
Devido à Covid-19, o Tour será a primeira grande prova da época (as Voltas de Itália e Espanha são em outubro). Fomos à procura de episódios curiosos de uma competição que começou em 1903. E há muitos: da bicicleta arranjada no ferreiro ao dia em que houv
Maior diferença
Maurice Garin dominou a primeira Volta a França, em 1903, e ganhou com 2h49m sobre Pothier – ainda hoje a maior diferença entre 1.º e 2.º.
Em 1904, Payan d’Alès foi desqualificado. Quando o Tour passou na sua terra, Nimes, os amigos, como vingança, espalharam vidros partidos na estrada.
10 km a pé
Em 1909, Henri Alavoine fez os últimos 10 km da 3.ª etapa (Metz-Belfort) com a bicicleta às costas, depois de uma queda a ter inutilizado.
O Tour chegou aos Pirenéus pela primeira vez em 1910. Gustave Garrigou foi o único a subir o Tourmalet sem desmontar da bicicleta e recebeu um bónus de 100 francos.
Sentido trocado
Octave Lapize disputava a liderança com Defraye (1912), mas numa etapa nos Pirenéus enganou-se e começou a andar na direção oposta. Desistiu.
Em 1913, Eugéne Christophe partiu a bicicleta no Tourmalet, arranjou-a num ferreiro de uma aldeia e ainda acabou a etapa. Terminou o Tour no 7.º lugar.
Um minuto
Em 1914, Philippe Thys partiu a bicicleta na penúltima etapa. Conseguiu arranjá-la numa oficina de bicicletas e, mesmo perdendo uma hora, manteve a camisola amarela – ganhou o Tour por 1m50s.
O francês Honoré Barthélémy acabou a primeira etapa de 1921 em 3.º, apesar de ter tido 11 furos.
Sem camisola
Henri Pélissier foi penalizado por ter tirado a camisola, na 2.ª etapa, em 1924. Desistiu: “Antes de sermos ciclistas, somos homens, e somos livres”, disse.
Em 1928, Nicolas Frantz fez 100 km com uma bicicleta de mulher (a sua partiu), na 19.ª etapa. Manteve a liderança e ganhou o Tour com 50 minutos de avanço.
Trio de amarelo
Em 1929, a etapa que terminou em Bordéus teve três corredores empatados na liderança. No dia seguinte, Nicolas Frantz, Victor Fontan e André Leducq usaram a camisola amarela.
Charles Pélissier ganhou oito das 21 etapas da prova, em 1930 (foi o 9.º da geral). No ano seguinte, somou mais cinco vitórias.
Fazer entregas
Georges Speicher ganhou o Tour, em 1933, com 26 anos. Era nadador e só aprendeu a andar de bicicleta com 17 anos, para ir fazer entregas.
O espanhol Francisco Cepeda foi o primeiro ciclista a morrer no Tour, após uma queda no Galibier (1935).
Dar a roda
René Vietto estava a destacar-se, em 1934, mas teve de dar a roda da frente da sua bicicleta ao líder da equipa, Antonin Magne, e esperar pelo carro de apoio. Magne venceu o Tour. Mulher penaliza
Em 1936, Félicien Vervaecke foi penalizado em 10 minutos por ter recebido comida da mulher – caiu de 2.º para 3.º.
Juntos na meta
Duplos campeões, André Leducq e Antonin Magne disseram adeus em 1938. Na última etapa, atacaram perto do fim e chegaram abraçados à meta.
Robic venceu em 1947 sem nunca andar de amarelo (passou para a frente na última etapa). Disse à noiva que ia ganhar e com o prémio teriam dinheiro para casar.
Merckx abalado
Em 1971, Merckx ficou chocado com a queda de Ocaña em Menté, numa etapa de nevoeiro e chuva, e não usou a camisola amarela (que ganhou com a desistência do espanhol) no dia seguinte. Troca de urina
Vencedor no Alpe d’Huez, em 1978, Michel Pollentier tentou trocar a sua urina no controlo antidoping e foi expulso.
Salvo pela data
Pedro Delgado acusou probenecida em 1988, mas não perdeu o título: a substância só iria ser proibida a partir de agosto e o Tour acabou a 24 de julho.
8 segundos
É a menor diferença de sempre, a que deu o triunfo de LeMond sobre Laurent Fignon, em 1989. O americano recuperou 50 segundos no contrarrelógio final.
Medo de voar
Zimmermann foi desqualificado por não viajar de avião de Nantes para Pau (com medo de voar), a seguir à 7.ª etapa, em 1991. Graças ao apelo dos outros corredores, foi reintegrado.
Triplo último
Wim Vansevenant ficou três vezes em último no Tour (2006, 2007 e 2008). Em 2005 foi penúltimo, a 4h09m do líder.