SÁBADO

Conselho Europeu vai aprovar a saída do Reino Unido da UE. Mas ainda há dúvidas

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O Conselho Europeu de dia 25 deverá aprovaro acordo para o Brexit. Na prática, consuma-se a saída do Reino Unido da União Europeia, decidida pelos britânicos, em referendo, a 23 de Junho de 2016. Ainda há muitas dúvidas e a primeira-ministra britânica, Theresa May, enfrenta uma tempestade política

Nos tories, há tempestade

Boris Johnson veio dizer que o acordo transforma o Reino Unido num “vassalo da UE”: no período de transição, ainda está dentro mas sem direito a voto. Mas há mais: há 25 cartas de desconfian­ça a Theresa May, anunciadas publicamen­te.

E cai?

Se o número chegar às 48, equivale a uma moção de censura, e pode perder a liderança do partido. Os adversário­s querem renegociar o acordo.

As datas do divórcio

A 29 de Março de 2019, é oficial: inicia-se o período de transição. No entanto, o pré-acordo assinado tinha a data do fim do período de transição em branco .... A data prevista é o fim de 2020 (antes das eleições britânicas, em Maio de 2022), mas já se especula sobre uma extensão – nesse caso o Reino Unido fica a pagar.

O que é que lá está? No continente tudo bem

Michel Barnier, que liderou as negociaçõe­s pelo lado da União Europeia (UE), veio dizer que o acordo é “justo e equilibrad­o”.

No Labour nem por isso

Os Trabalhist­as britânicos exigem a renegociaç­ão do acordo. Vários responsáve­is europeus vieram já dizer que nem pensar, e avisam que qualquer acordo será sempre melhor, para o Reino Unido, do que uma saída “dura” e sem acordo.

E passa entre os britânicos?

Não é claro. Com o Labour contra e alguns sectores conservado­res a pedirem mudanças – que a primeira-ministra não está em condições de garantir ou sequer negociar – o desfecho não é claro, mas as pressões são muitas. Mesmo no partido de May há quem apele à unidade, como o ex-líder parlamenta­r Andrew Mitchell a apelar a que não se tente destituir May, porque o preço poderia ser demasiado alto Garantias para os cidadãos da UE que vivem e trabalham no Reino Unido (e para os britânicos na UE); e não haverá, para já, fronteira física entre a República da Irlanda e a Irlanda do Norte. No período de transição, os britânicos perdem já o direito a voto na UE.

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