Record (Portugal)

BONECOS QUE GANHAM VIDA

De finta em finta, Gonçalo dos Santos deu-nos uma aula de matraquilh­os que nos deixou de boca aberta

- LEVÁMOS UM REFORÇO DE PESO PEDRO FILIPE PINTO

çToda a gente sabe jogar matraquilh­os... até ter um verdadeiro campeão pela frente. Temos a certeza que as mesas do Record Challenge Park serão das principais atrações do evento, para miúdos e graúdos, porque esta é uma modalidade que atrai os mais novos, mas que também faz os mais velhos viajarem para a adolescênc­ia. Foi isso que fez o Sérgio Krithinas, diretor adjunto de Record, que, 25 anos depois, voltou a juntar-se com Rui Dinis, de forma a reunir a dupla bicampeã universitá­ria. Tudo isto para tentar derrotar-me a mim, um autêntico zero à esquerda em matraquilh­os, e Gonçalo dos Santos, membro da Seleção Nacional que vai estar no Campeonato do Mundo que se realiza no próximo mês. O craque, de 40 anos ,‘ carregou-me às costas’ ao mesmo tempo que escorria sobre a magia que ia colocando em campo. “É preciso ter muita coordenaçã­o e controlo de bola. Fiz aqui um passe do meio-campo para o ataque e isso nãoé nada fácil. A qualidade de passe é decisiva. Depois vamos treinando fintas par atentar enganar o adversário e marcar golo ”, começou por explicar o jogador do São Bernardino, indo ainda mais ao pormenor: “Há três fintas que são muito usadas. A ‘pull shot’ que, tal como o nome indica, é basicament­e puxar rápido a bola e rematar. Depois temosa‘openhand ’[ mão aberta ], que consiste em puxar a bola para o lado e fazer o remate abrindo e fechando a mão. Por fim, amais usadaéo ‘snake shot’, é também a mais difícil. Usamos o pulso para movimentar os jogadores e para rematar dá-se uma volta completa ao varão, agarrando-o no final. Se não agarrares faz roleta e isso é falta.”

Os momentos de magia de Gonçalo iam limpando os ‘frangos’ que eu ia dando, mas também há que elogiar a técnica da dupla adversária. Quando aqueceu, o nosso diretor adjunto, equipado a rigor, parecia o Cristiano Ronaldo, principalm­ente quando estavam em jogo as bolas brancas, tradiciona­is portuguesa­s, e até uma de madeira. “Não podemos jogar com as bolas profission­ais, estas são bem melhores”, atirou, isto já depois de solicitar uma mudança de lado devido ao facto de “a mesa estar inclinada”. Contudo, no meio de tudo isto, o resultado pouco importou (apesar de eu e o Gonçalo termos ganho), mas ficou o convite do nosso craque para que a dupla Sérgio Krithinas/Rui Dinis se

GONÇALO É EMBAIXADOR DESTA MODALIDADE: “JÁ AJUDEI A ORGANIZAR UM TORNEIO NUM CAMPO DE REFUGIADOS NA SÍRIA”

increvesse em torneios: “Têm qualidade e vão divertir-se.”

Embaixador

Para além de jogador, Gonçalo dos Santos é meteorolog­ista no IPMA e colabora com a Federação Internacio­nal como embaixador da modalidade e formador de treinadore­s. “Já ajudei a organizar torneios e eventos na República Democrátic­a do Congo, Nepal, Chile, Paquistão e até num campo de refugiados na fronteira com a Síria.”

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MATRAQUILH­OS. Gonçalo Santos (à direita), membro da Seleção Nacional revelou-nos alguns truques da modalidade
 ?? ?? CRAQUE. Gonçalo dos Santos fez coisas que nos deixaram incrédulos, mas o nosso diretor adjunto, ao lado do seu velho companheir­o, também tinha alguns truques guardados e... brilhou
CRAQUE. Gonçalo dos Santos fez coisas que nos deixaram incrédulos, mas o nosso diretor adjunto, ao lado do seu velho companheir­o, também tinha alguns truques guardados e... brilhou

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