“Benfica e PSV batem-se com qualquer equipa...”
Para o treinador, águias e holandeses já deviam estar na fase de grupos da competição da UEFA
Jorge Jesus antevê hoje um duelo de nível de Liga dos Campeões. “Benfica e PSV não deviam estar aqui. Já deviam estar na fase de grupos, porque são equipas à imagem das grandes formações da Champions. São duas equipas muito fortes, que se batem com qualquer uma da Champions, tirando as três ou quatro favoritas à vitória”, disparou, em conferência de imprensa.
O treinador, de 67 anos, espera “um PSV super ofensivo”, lembrando a escola neerlandesa. “O futebol holandês é literalmente ofensivo, com ideias muito mais ofensivas do que defensivas. Esta equipa do PSV pensa exactamente assim. Vamos encontrar um PSV muito agressivo ofensivamente.” Jesus destacou um elemento. “O PSV tem jogadores na frente com muito talento individual, que resolvem muitas situações sozinhos, sem precisar da equipa. Um deles é Mario Götze. Todos o conhecem, joga como segundo avançado, entre linhas. É um criador muito forte do jogo do PSV e, se lhe dermos muito espaço, teremos problemas.” Jesus não levantou a ponta do véu sobre o sistema tático (3x4x3 ou 4x4x2). “A equipa está muito confortável com um e com outro. Vou ver qual é o melhor para podermos parar a largura do PSV, que é muito grande, e tentar quebrar algum movimento do Götze entre linhas.”
Portugueses mais criativos
No banco contrário, estará o alemão Roger Schmidt, a quem JJ nunca ganhou. Os últimos três treinadores campeões europeus eram alemães, mas o benfiquista vincou: “Não vejo os treinadores alemães tão fortes assim. Não os distingo. Os argentinos e os portugueses são muito mais criativos, embora isso tenha muito a ver com as equipas onde se trabalha. O gozo que me dá não é o treinador em si, mas poder estar na fase de grupos da Champions, porque o Benfica tem uma equipa que merece estar na fase de grupos.” À procura do quinto triunfo consecutivo, Jesus espera um “Benfica muito focado” , embora, à Eleven Sports, tenha sublinha que a águia não sente ter obrigação de bater a formação de Eindhoven. “Não é uma eliminatória em que a obrigação seja afastar o adversário por sermos claramente mais fortes. Não somos mais fortes do que o adversário. E por isso vamos para dois jogos que vão ser muito equilibrados”.
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