JORGE SIMÃO
Boavista finalmente com reforços mostrou a melhor versão de si e vergou um Paços errático e sem ideias
LATA: Derrota pesada do Paços de Ferreira no Bessa, a poucos dias de defrontar o Tottenham no playoff da Conference League. O treinador vai ter trabalho extra para motivar os jogadores.
Ao fim de algumas semanas de incertezas, o Boavista contou finalmente com todas as peças do plantel e isso foi suficiente para aplicar um xeque-mate sem espinhas ao europeu Paços. Um daqueles jogos em que corre tudo bem a uns e tudo mal a outros. E é muito por isso que os 3-0 assentam bem ao que se passou em campo, já que as panteras, mesmo quando estavam por baixo, foram sempre mais inteligentes e
CASTORES DERRAPAM PELO SEGUNDO JOGO SEGUIDO E HÁ ALGUNS SINAIS PREOCUPANTES. É QUE VEM AÍ O TOTTENHAM...
mais eficazes (à frente e atrás) do que os castores.
Jorge Simão tinha alertado para as dúvidas sobre a forma de jogar do Boavista e a verdade é que João Pedro Sousa, ao contrário do que fez na jornada inaugural, montou a equipa em 3x4x3. Manteve Javi García como central e lançou os reforços Makouta e Gorré para o meio-campo e ataque. Já o Paços recuperou as figuras principais após as poupanças de Larne, mas ficou claramente a ideia de que a cabeça dos jogadores não estava a 100 por cento no Bessa. Só assim se explicam os 83 passes falhados em todo o encontro, alguns deles decisivos, para oferecer jogadas de perigo ao Boavista.
Foi assim que nasceu o 1-0, com Seba Pérez a recuperar, Makouta a distribuir, Sauer a abrir a defesa com um grande passe e Gorré a oferecer, de bandeja, o golo a Yusupha. Um belo lance coletivo a dar cor e justiça ao marcador.
Como se não bastassem os passes errados, o Paços ainda teve André Ferreira em destaque pela negativa, ficando mal na fotografia dos outros dois golos. A reação final não deu frutos, mas talvez dê para retirar ilações para o que aí vem. Que é ‘só’ o gigante Tottenham. É preciso mais... *