Record (Portugal)

CHEIRA A CAMPEÃO

POTE VOLTOU A MARCAR PAULINHO FEZ GOLAÇO LEÕES BATEM RECORDE 31 JORNADAS SEM PERDER MILHARES NAS RUAS EM FESTA ANTES E DEPOIS DA PARTIDA

- CRÓNICA DE JOSÉ ANGÉLICO

Depois de Rúben Amorim ter evitado à última hora nova ausência do banco de suplentes numa partida de capital importânci­a, o técnico leonino conduziu os leões a mais um triunfo, num verdadeiro passo de gigante rumo ao título nacional. Em Vila do Conde, a turma de Alvalade entrou em campo determinad­a na conquista dos três pontos e encostou o Rio Ave às cordas desde os primeiros minutos. E se o golo ainda tardou, os forasteiro­s acabaram por dominar completame­nte e regressar a casa ainda mais tranquilos na liderança do campeonato. Com Adán, Gonçalo Inácio e João Mário de regresso ao onze – os dois primeiros após castigo; o último depois de ter ficado no banco, por opção, frente ao Nacional – e João Pereira a render o lesionado Pedro Porro no flanco direito, os visitantes ainda viram Ivo Pinto ameaçar a sua baliza, com a bola a bater no poste esquerdo depois de Nuno Mendes desviar um cruzamento do lateral. Mas, a partir daí, a primeira parte foi de sentido único, com o Sporting a criar várias oportunida­des. Coates viu a bola devolvida pelo poste esquerdo pouco depois, o mesmo acontecend­o com Palhinha minutos volvidos, em ambos os casos após pontapés de canto. Pelo meio, Kieszek também impediu o golo a Nuno Santos, repetindo depois a ação perante Pote. Tudo isto ainda antes da meia hora de jogo.

O que parecia inevitável aconteceu mesmo aos 34’, com o goleador sportingui­sta a desfazer o nulo na conversão de um penálti ‘arrancado’ por Paulinho, numa jogada de insistênci­a em que Ivo Pinto desvia a bola com o braço. O árbitro nada assinalou inicialmen­te mas, alertado pelo VAR, foi mesmo visualizar as imagens e não teve dúvidas. Pote não desperdiço­u e abriu o caminho para o terceiro triunfo consecutiv­o dos leões e a continuida­de de um trajeto invicto no campeonato. A esperada reação do Rio Ave ficou-se por um remate (o primeiro na partida) de Júnior Brandão aos 41’, muito pouco para uma equipa obrigada também a conquistar pontos face à posição aflitiva na tabela. A pressão avassalado­ra da equipa de Rúben Amorim criou imensas dificuldad­es aos vila-condenses, que muitas vezes faziam mesmo recuar Filipe Augusto para o meio dos centrais para tentar travar as movimentaç­ões dos rivais ou para conseguir espaço para iniciar os lances de ataque.

Ainda assim, após o intervalo, Miguel Cardoso arriscou, mexeu na equipa e esta até recomeçou melhor do que o Sporting. Com o recém-entrado Carlos Mané a criar dificuldad­es que o sector mais recuado dos visitantes não sentira na etapa inicial, ainda pairou a possibilid­ade de alguma incerteza no resultado. Mas Rúben Amorim não tardou a reagir. Lançou Matheus Nunes e a turma leonina voltou a assumir as rédeas do encontro, que ficou definitiva­mente resolvido quando Paulinho marcou o golo que há muito procurava. Quatro minutos depois de ter visto Kieszek a travar uma primeira tentativa, o avançado contratado ao Sp. Braga em janeiro não desperdiço­u um mau corte de Ivo Pinto e disparou de pé esquerdo de fora da área, não dando hipóteses ao guardião. Isto, fruto de uma enorme desconcent­ração da equipa da casa, mais focada em protestar uma eventual falta – protestos que levaram mesmo à expulsão de Tarantini do banco. Com mais três pontos no bolso, o Sporting aumentou para nove a vantagem sobre o principal perseguido­r e aguarda agora aquilo que o FC Porto fará hoje no clássico da Luz, na certeza de que falta muito pouco para poder finalmente festejar o triunfo no campeonato – algo que não saboreia desde 2002 e que pode acontecer já na próxima jornada.

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