SÓCRATES ILIBADO DE CORRUPÇÃO
Acusação do Ministério Público arrasada na leitura instrutória da Operação Marquês
O juiz Ivo Rosa anunciou ontem, durante a leitura da decisão instrutória da Operação Marquês, que José Sócrates não vai a julgamento pelos crimes de corrupção de que estava acusado pelo Ministério Público (MP). No entanto, ex-primeiro-ministro e Carlos Santos Silva, seu amigo, vão a julgamento por três crimes de branqueamento de capitais e três de falsificação de documentos. Assim, Sócrates vai ter de responder por apenas seis dos 31 crimes de que estava acusado, neste processo. Aliás, a sessão fica marcada pela forma como Ivo Rosa arrasou a acusação por parte do Ministério Público, referindo expressões como “fantasias” ou “faltas de provas ou indícios” dos crimes que ali estavam pronunciados.
O juiz também reduziu o número de arguidos, no total da operação, de 28 (19 indivíduos e 9 empresas) para cinco, sendo todos cidadãos. Assim, Ricardo Salgado, ex-presidente do Banco Espírito Santo, também envolvido neste ‘mega processo’, vai ser julgado por três crimes de abuso de confiança. Armando Vara, ex-ministro, está acusado de um crime de branqueamento de capitais. Enquanto, João Perna, que
“ACABOU! TODAS AS GRANDES MENTIRAS DA ACUSAÇÃO CAÍRAM”, REFERIU O EX-PRIMEIRO-MINISTRO
era motorista de José Sócrates, vai ter de responder por posse de arma proibida. O ex-primeiro-ministro de Portugal (2005-2011) partilha as acusações com o amigo Carlos Santos Silva, sendo as já mencionadas: três crimes branqueamento de capitais, três de falsificação de documentos.
No final da sessão o Ministério Público, através do procurador Rosário Teixeira, anunciou que vai recorrer da decisão do juiz Ivo Rosa.
Já à saída do tribunal, José Sócrates estava claramente satisfeito com aquilo que tinha ouvido na sala de audiências e demonstrou isso mesmo ao ser interpelado pelos jornalistas, exclamando: “Acabou! Todas as grandes mentiras da acusação caíram.” E também acrescentou: “Prenderam e difamaram um inocente durante anos.”
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