Record (Portugal)

“Tenho uma força grande”

Treinador deu a cara no final de nova derrota na Liga e falou da possibilid­ade de ficar a oito pontos do Benfica e seis do Sporting. Garante que a equipa não baixará os braços e que resiste mesmo com “armas apontadas”

- JOSÉ SANTOS

ç O que faltou à equipa do FC Porto para conseguir obter um outro resultado?

– Faltou muita coisa. Faltou capacidade para sermos consistent­es, sólidos, como tinha dito na antevisão. Cometemos muitos erros... Parabéns ao P. Ferreira, que foi melhor do que nós. – Foi um jogo com alterações na defesa e também no meio-campo. Alguma explicação em torno destas opções tomadas?

– É normal os que jogam há mais tempo terem mais rotinas. Tínhamos definido uma estratégia com a presença do Pepe, mas hoje [ontem] de manhã cedo tivemos a informação que testou inconclusi­vo à Covid-19 e isso alterou-nos os planos. Vivemos um momento nada fácil de gerir. As coisas não correram bem, não foi certamente por um ou outro jogador, mas foi pela equipa e pelo treinador, que não soube definir da melhor forma a estratégia para levar de vencido um adversário com valia, que teve praticamen­te a semana toda para preparar este jogo. Nós vínhamos de um palco de Champions, não é fácil mudar o ‘chip’ e não é fácil vir aqui com disponibil­idade e atitude necessária­s para este tipo de jogos. O maior responsáve­l sou eu. – Que impacto pode ter esta derrota nas contas do campeonato? O fosso pode ser aumentado...

– Estou aqui... este é o quarto ano. Já passámos por momentos difíceis, nesses momentos temos as armas apontadas a nós, às vezes até dentro da própria casa, mas nunca me intimido com esse tipo de situações. Tenho uma força grande, dentro do que é o meu caráter, e nada interfere ou impede na preparação do jogo com o Marselha. Ninguém gosta de perder e ficar distanciad­o nesta fase da época, ainda estamos no início e cabe-nos ir atrás do prejuízo. Sabemos disso, sabemos que há muita gente nova, muita coisa a incutir. Têm surgido muitos erros sucessivos que estamos a cometer. Mas não foi por aí, foi mais um problema coletivo, com muitos erros individuai­s, claramente, que acontecera­m e não podem acontecer a este nível. Cada vez que o P. Ferreira se aproximava do último terço, havia perigo. Nunca foi normal nas minhas equipas. Cabe continuar a trabalhar e perceber o que está a correr mal e olhar em frente, com coragem e ambição... Nunca vamos baixar os braços.

“O QUE ACONTECEU? ACONTECEU FUTEBOL. O PAÇOS GANHOU BEM. NA PRIMEIRA VEZ

QUE FORAM À NOSSA BALIZA FIZERAM GOLO”

“NÓS ESTIVEMOS DESEQUILIB­RADOS, NÃO

É A PRIMEIRA VEZ E TEM SIDO ALVO DE ANÁLISE DIÁRIA, QUE NOS TEM CONSUMIDO MUITO TEMPO”

“SOMOS TODOS RESPONSÁVE­IS. NUNCA FOI NOSSO APANÁGIO APONTAR O DEDO A NINGUÉM. AQUI SOMOS UM SÓ E HÁ QUE SEGUIR. ESTE PLANTEL É FORTE E NÃO CAI, MAS É PRECISO DAR AO CHINELO”

“NÃO É POR FALTA DE TRABALHO. DEPOIS

DE UMA REALIDADE CHAMPIONS É PRECISO PERCEBER QUE O EMBLEMA NÃO GANHA JOGOS” * ADJUNTO VÍTOR BRUNO

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