SAD É ACUSADA DE FUGA AO FISCO
Estado exige 2,2 milhões de euros relativos a dívidas de IRS e Segurança Social
ç O Estado exige ao Marítimo 2,2 milhões de euros relativos a dívidas de IRS e Segurança Social. A SAD, o presidente Carlos Pereira e outros quatro dirigentes – entre 2001 e 2005 –, Rui Nóbrega, Ivo Martins, Rui Sá e Jacinto Vasconcelos, foram constituídos arguidos por crimes de fraude fiscal qualificada e fraude contra a Segurança Social, face a um alegado esquema de pagamentos a jogadores e treinadores. Estes eram feitos em paraísos fiscais através de sociedades ‘offshore’, conseguindo fugir aos impostos e con
TAMBÉM CARLOS PEREIRA E OUTROS QUATRO DIRIGENTES FORAM CONSTITUÍDOS ARGUIDOS POR CRIMES DE FRAUDE FISCAL
tribuições sociais, pois parte das remunerações eram pagas como direitos de imagem, não havendo retenções de valores relativos a IRS e Segurança Social. A primeira sessão está agendada para 19 de janeiro de 2021. Foram necessários 14 anos para o processo chegar ao tribunal, após se ter iniciado o respetivo inquérito inserido na ‘Operação Furacão’. A acusação foi deduzida há mais de seis anos mas esteve parada, pois o Ministério Público decidiu esperar pelos resultados das 27 impugnações fiscais que o clube interpôs no Tribunal Administrativo do Funchal.
“O Marítimo nunca foi detentor de nenhuma sociedade”, reagiu Carlos Pereira, em declarações à Lusa, acrescentando: “Se o Tribunal Administrativo tem dado a razão ao Marítimo, que tem sido ressarcido daquilo que pagou e que, hoje, não deve à Administração Tributária, penso que isto não faz sentido.” Refira-se que o Nacional foi absolvido num processo semelhante em dezembro de 2013.
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