A inclusão
ç Nos próximos 25 dias o Porto terá 7 jogos de exigência máxima. Começará já no sábado em Alvalade e dividirá os restantes jogos entre Champions e campeonato.
Se até ao jogo passado com o Marítimo (numa derrota que ainda custa digerir), o Porto era uma réplica do ano passado, com rotinas definidas e um coletivo que se conhecia tão bem. Agora a realidade é outra.
O mercado trouxe um novo Porto, que terá de integrar 10 novos jogadores no laboratório do Olival.
Os reforços que jogavam em Portugal levam vantagem por conhecerem bem o espírito do Porto e a totalidade dos adversários. A desvantagem destes mesmos atletas reside no facto de nunca terem estado em equipas deste patamar de ambição.
Aos 4 jogadores que vêm de outros campeonatos, e naturalmente de outros grandes clubes, é necessário que tenham uma aprendizagem completa sobre a história do clube, a exigência a que o mesmo obriga e sobre o sistema de jogo de Conceição.
Conceição tem jogadores a chegar das seleções, alguns a conhecerem pela primeira vez o Dragão, mas a realidade imediata é que tem duas baixas de vulto para preencher: Telles e Danilo.
Se nas laterais oscilará entre as opções Zaidu, Nanu, Manafá, Carraça ou mesmo Sarr, no miolo do terreno as escolhas serão mais difíceis.
Sérgio Oliveira estará de pedra e cal, mas Uribe, Loum, Baró e Grujic lutarão por um lugar neste meio do campo, cada um com características bem diferentes.
A vinda de Taremi e Martínez pode por si só alargar as opções táticas, trazendo novos sistemas de jogo.
Já em Alvalade, onde Rúben Amorim costuma apresentar três centrais, jogará o Porto com dois avançados na frente para ter mais referências na área? Como se irão ligar Otávio, Corona, Marega, Taremi e Martínez se forem chamados a jogo? E o que fazer ao talento e experiência de Anderson?
Jogar em Alvalade será bem diferente do que jogar em Manchester contra o City ou de jogar contra o Olympiacos ou o Marselha em casa.
Esta será uma fase decisiva com muitas interrogações legítimas na cabeça do treinador. A fartura de opções e a qualidade de tantos atletas trarão muitas dores de cabeça a Conceição.
Não haverá nesta fase espaço para errar ou escolher mal (como o mesmo confidenciou após o jogo com o Marítimo). Os jogadores não se medem apenas pelo seu talento, mas pelo momento que atravessam, seja ele físico ou psicológico.
Incluir depressa e bem será a palavra de ordem.