DORES DITAM ADEUS
Casanovas pendura patins e admite a Record que hérnia nas costas pesou muito na decisão
À hora a que Record falou com Albert Casanovas, o hoquista já estava a fazer a viagem de regresso a casa rumo à Catalunha. Aos 35 anos, o espanhol pendurou as botas ao serviço do Benfica. Na base da decisão esteve a família e o sofrimento a jogar. “Depois do Mundial de 2017, comecei a ter muitas dores nas costas. Tinha duas hérnias e uma delas estava a rebentar-me todo. Custava-me muito jogar com dores o que ajudou a tomar esta decisão. Este ano acabava contrato com o Benfica e eu e a minha mulher achámos que era o momento ideal para voltar para casa”, explica o espanhol, campeão do mundo em 2017. O catalão deixa o hóquei em patins depois de duas temporadas ao serviço das águias. “O
Benfica vai ficar no meu coração e na minha memória. É difícil expressar em palavras a grandeza do clube”, elogiou o jogador que deixou também uma palavra de apreço aos agora ex-colegas de equipa. “Eles foram amigos porque souberam guardar muito bem o meu segredo da retirada. Expliquei-lhes a situação pela altura do Natal”, contou.
Mensagens de gratidão
Depois de 18 anos a jogar ao mais alto nível e de uma carreira recheada de títulos, grandes figuras do hóquei não esqueceram Albert Casanovas. “O que mais me surpreendeu foram as mensagens de vários colegas. O clube aqui não importa. Recebi mensagens do Toni Pérez (Sporting), Pau Bargalló (Barcelona), Marc Torra (Oliveirense) e do Miguel Rocha (Barcelos) com quem me dou muito bem”. Advogado de formação, Casanovas, que vestiu também as cores da Oliveirense entre 2014 e 2016, vai agora gerir a empresa que a família tem em Reus.
“OS MEUS COLEGAS DO BENFICA FORAM AMIGOS PORQUE SOUBERAM GUARDAR MUITO BEM O MEU SEGREDO”