Record (Portugal)

“Passei três dias na sombra de Guardiola e foi impression­ante”

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– Agora que és treinador, a quem pedes conselhos?

FL - Falo com o meu pai com grande regularida­de. Ele nunca foi treinador principal, mas tem uma enorme experiênci­a como técnico. Como também entramos em conflito quanto às nossas filosofias futebolíst­icas, as conversas podem tornar-se às vezes difíceis. O meu pai é da velha escola, gosta de ver a bola no ataque. Se tivermos um jogo em que estamos a tentar jogar futebol e a outra equipa nos trava, eu sei que o meu pai me telefonará quando estiver a conduzir para casa, dizendo-me que preciso de apostar nas bolas longas. Falo também com o Harry [Redknapp]. Converso regularmen­te com o Jody Mor

“TENTO MANTER-ME COM A MENTE ABERTA E UMA VISÃO DE FUTURO. NÃO QUERO FICAR NUMA BOLHA”

ris [o seu principal adjunto] e o Chris Jones [outro adjunto]. Tento manter-me com a mente aberta e uma visão de futuro. Não quero ficar numa bolha pensando que sei tudo.

OD – Então o Frank Sr. continua a ser uma grande influência. E falas com algum outro treinador da Premier League?

FL - No meu ano sabático de paragem, passei três dias no centro de treinos do Manchester City, na sombra de Pep Guardiola. Foi impression­ante vê-lo a trabalhar. A sua energia rebenta com a escala. Quando nos sentamos no seu gabinete, com os seus quadros brancos na parede a analisar as equipas que se prepara para defrontar, não podemos deixar de ficar impression­ados pela sua atenção aos pormenores. Ele foi generoso ao dar-me 90 minutos do seu tempo. Quando vi o City a treinar percebi porque ele é um treinador tão brilhante.

OD – Pareces totalmente aberto à aprendizag­em.

FL - Absolutame­nte, a maior parte do tempo estou a aprender este trabalho. O principal tem a ver com a gestão da equipa. E tive de construir a minha própria experiênci­a a partir dos treinadore­s com quem trabalhei como jogador.

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