Record (Portugal)

NUNO GUERREIRO

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EmEm queque aspetos?

NG - Tive de me tornar uma pessoa mais persistent­e porque é um desporto que requer muita paciência. Tornou-me uma pessoa com mais responsabi­lidade e disciplina porque a alta competição assim o exige. Tive de saber lidar mais com os timings. Mudou-me bastante nesses aspetos.

E quais são as caracterís­ticas essenciais para se ser um bom atleta de boccia?

NG - Acima de tudo tens de acreditar muito e ir atrás de um sonho. Quando lhe falei da data de 2013, o ano do nascimento do meu filho Lucas, foi quando comecei a praticar o boccia com mais responsabi­lidade. Eu comecei a prática dessa modalidade em 2004, mas achei que não era para mim. Voltei em 2009, mas voltei a achar que isto não era para mim. Até que em 2013 parece que me deu aquela luz e pensei: ‘Calma, vou fazer isto, o meu filho nasceu e vou dar o exemplo’exemplo’. A partir daí comecei a ver outros atletas como a Cristina Gonçalves na televisão e pensei que gostaria de ser reconhecid­o e chegar ao auge dos Paralímpic­os. Não estava nada à espera quando o selecionad­or me chamou para ir a um primeiro estágio da Seleção. E lá está a questão. Com o trabalho, disciplina e mudança de comportame­nto a nível pessoal e desportivo as coisas foram acontecend­o.

Voltando um bocadinho atrás. Há várias modalidade­s de desporto adaptado. Porque é que escolheu o boccia?

NG - Escolhi o boccia porque não havia futebol. Sou completame­nte perdido por futebol, amo o futebol. Na altura estava a tirar um curso de formação profission­al na APCL [Associação de Paralisia Cerebral de Lisboa] e disse: ‘Vocês não têm uma modalidade desportiva?’. ‘Sim temos o boccia’, respondera­m-me. ‘Mas eu quero fu

“DESDE MUITO CEDO QUE APRENDI A VIVER COM AS MINHAS LIMITAÇÕES. O BOCCIA TORNOU-ME UMA PESSOA DIFERENTE”

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