Record (Portugal)

(Re)nascimento

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campeonato chegou ao fim sem casos de arbitragem na última jornada. As equipas de arbitragem cumpriram a sua tarefa sem influência nos resultados finais. Como é habitual no nosso país, a arbitragem fica sempre associada ao campeão nacional, muitas vezes acusada de beneficiar uns e de prejudicar todos os outros. O escrutínio popular recai sempre sobre aqueles que não ganham títulos, não competem e não têm adversário­s, fazendo deles ‘bodes expiatório­s’ para os fracassos e pelos objetivos não conquistad­os. Após a final da Taça de Portugal é tempo de a Justiça entrar em ‘jogo’ e fazer o seu trabalho, punindo todos aqueles que usam o desporto para cometer crimes sob a impunidade que impera no futebol português. Repor os valores morais de uma sociedade que abdica de lutar pelos direitos sociais dos cidadãos para se dedicarem ao futebol, lutando simplesmen­te para satisfazer o seu ego. Os discursos inflamados de pessoas influentes incendeiam o ambiente desportivo, tornando-o ‘respirável’ somente para os seguidista­s radicais e colocando as famílias longe dos estádios. O discurso ponderado e realista de Bruno Nascimento (Lage) abre espaço para uma reflexão profunda no futebol em Portugal, eliminando extremismo­s e apelando ao respeito por todos os intervenie­ntes no desporto-rei. O campeão, seja ele qual for, não resolve os problemas sociais, não melhora as condições dos hospitais, não melhora a economia, não baixa impostos, etc.. Acabar com a promiscuid­ade entre o Futebol, Política e Justiça é lutar por um País melhor. Não esqueçam: depois da ‘festa’ deixem o futebol português limpo. *

34.ª

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