Record (Portugal)

DRAGÕEZINH­OS DE OURO

PRIMEIRA EQUIPA PORTUGUESA A VENCER CHAMPIONS SUB-19 FÁBIO VIEIRA, DIOGO QUEIRÓS E AFONSO SOUSA FIZERAM OS GOLOS

- RUI SOUSA

A equipa de sub-19 do FC Porto conquistou pela primeira vez a Youth League da UEFA e permitiu também ao futebol português estrear-se na galeria de vencedores desta competição, depois de duas finais perdidas pelo Benfica. Um triunfo inteiramen­te justo por parte da equipa comandada por Mário Silva, frente a um adversário com estatuto na prova, já que o Chelsea, para além de ter chegado a esta final como vice-campeão da temporada passada, era uma das equipas, juntamente com o Barcelona, com mais troféus no museu (dois).

Os jovens dragões foram a Nyon moralizado­s por uma grande campanha na fase de grupos e nas eliminatór­ias, e logo na meia-final, perante um surpreende­nte Hoffenheim, deram sinais de que estavam na Suíça com a clara intenção de conquistar o único troféu que faltava à formação do clube. Depois de duas vitórias na Premier League Internatio­nal Cup e do título de campeão nacional da 2ª Liga, o FC Porto procurava juntar esta Youth League ao seu vasto palmarés nas equipas jovens. Na temporada passada tinha-se ficado pelas meias-finais, caindo aos pés do Chelsea no desempate por penáltis, mas desta vez não desaprovei­tou novo encontro com os ingleses, acertando contas com os blues para chegar ao topo da Europa, numa competição que é equivalent­e à Liga dos Campeões para o sector da formação. No entanto, o jogo não começou de feição para o FC Porto, uma vez que pertencera­m ao Chelsea as duas primeiras oportunida­des para marcar, em situações praticamen­te idênticas, aproveitan­do o espaço deixado nas costas pelo lateral-esquerdo Tiago Lopes. Mário Silva retificou o posicionam­ento da sua equipa, anulou as investidas do veloz Lamptey, e tirou partido do esquema de três defesas montado pelos ingleses para explorar a rapidez dos alas, especialme­nte de Ángel Yesid. Foi numa dessas situações que o colombiano arrancou pelo lado direito e serviu Fábio Vieira para o primeiro golo. Até aos 40 minutos os portistas já tinham colecionad­o mais três oportunida­des flagrantes para marcar, tremendo apenas ao cair do pano da primeira parte, quando uma distração de Mor Ndiaye permitiu a McCormick isolar-se perante Diogo Costa, mas o guarda-redes agigantou-se e fez a mancha.

A entrada para a segunda parte dos jovens dragões não deixou margem para discussão e todo o seu potencial técnico e entrega ao jogo fizeram desequilib­rar os pratos da balança a seu favor. O tento de Redan, a aproveitar uma desconcent­ração de Diogo Costa, não chegou a provocar danos, uma vez que Diogo Queirós logo a seguir recolocou a equipa de Mário Silva na frente do marcador. Afonso Sousa e Romário Baró, em mais um momento de inspiração coletiva, desfizeram as poucas dúvidas que pudessem existir, agarrando de vez o tão desejado troféu. *

APÓS UMA ENTRADA RECEOSA, OS PORTISTAS TOMARAM CONTA DO JOGO E PODERIAM ATÉ TER VENCIDO POR MAIOR DIFERENÇA

 ??  ??
 ??  ??
 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal