Record (Portugal)

Querer um Alfa em vez de um Ferrari

- PONTO DO QUE

tom irritado e a necessidad­e de puxar dos galões, recordando as conquistas das primeiras duas temporadas na Luz, começam a ser um hábito nas conferênci­as de imprensa de Rui Vitória. Especialme­nte após um resultado negativo. Caro Rui, ninguém lhe retira os méritos do que já ganhou no Benfica. Mas também deve saber que quem vive do passado são os museus.

Nenhumtrei­nador, menos ainda num clube grande, pode imaginar que as glórias antigas lhe dão crédito para dissabores no presente. E se é certo que as duas primeiras épocas foram de triunfos, a anterior terminou com zero títulos e a pior prestação de sempre de uma equipa portuguesa na fase de grupos da Champions.

MESMO COM O EMPATE, BENFICA TERIA SAÍDO DA HOLANDA COM MENOS 1 O AJAX

O Benficaaté fez umaboaexib­ição em Amesterdão num jogo de loucos, com muitas oportunida­des para ambos os lados, frente a um adversário de enorme qualidade. Poderia ter marcado, poderia ter sofrido. Mas perto do final Rui Vitória preparava-se para fazer entrar um médio que ajudasse a segurar o empate.

É bomlembrar que mesmo com esse resultado os encarnados saíram da Holanda com menos um ponto do que o Ajax. E no banco estavam João Félix, Zivkovic e Jonas. Ou seja: Ferraris que ficaram na garagem para quase entrar um Alfa.

Do outro lado, EriktemHag lançouDavi­dNeres ( o seu carro de alta cilindrada) e foi premiado pouco depois com o trabalho do jovem brasileiro no golo tardio do Ajax. Rui Vitória também tem plantel para ambicionar mais do que um pontinho. É que, muitas vezes, quem tenta empatar, acaba por perder. E, nessas alturas, de nada vale evocar o passado.

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