REENCONTRO NO JAMOR MAIS DE 15 ANOS DEPOIS
EMPATE EM SETEMBRO DE 2003 Benfica e Belenenses voltam a defrontar-se no Estádio Nacional... agora por outros motivos
No início de 2003/04, o novo Estádio da Luz estava já numa fase adiantada da construção mas, ainda assim, as águias tinham de utilizar o Jamor como casa emprestada. A 14 de setembro de 2003 o adversário foi o Belenenses, numa partida que marcou a estreia de Luisão de águia ao peito – marcou um golo – e que vai, amanhã, conhecer uma ‘repetição’... desta vez por outros motivos. Como se sabe, a equipa da SAD do Belenenses disputa os jogos caseiros desta temporada no Estádio Nacional. “Lembro-me que sofremos o golo do empate no último minuto, o que foi uma grande desilusão para toda a equipa”, recorda-nos Ricardo Rocha, antigo defesacentral das águias, de 40 anos, que foi utilizado nesse encontro no lado esquerdo da defesa. No eixo, juntamente com Luisão, estava Argel, que atendeu o telefonema de Record antes de seguir viagem com a equipa que orienta, o Coritiba, até Belém, para o jogo com o Paysandu, da Série B do Brasileirão. “O nosso estádio estava em construção e tivemos de jogar no Jamor”, diz o ex-defesa-central, de 44 anos, sem, no entanto, se lembrar do resultado: “Creio que vencemos, não foi? Empatámos? Não me lembrava mesmo, mas foi
ENCONTRO MARCOU A ESTREIA DE LUISÃO NO BENFICA. ARGEL E RICARDO ROCHA LEMBRAM DESILUSÃO PELO EMPATE
pena. Eles tinham uma boa equipa, com o Antchouet na frente e aquele médio muito bom, o Neca. Bom jogador, esse! Mas recordo esse jogo acima de tudo por ter sido a estreia do Luisão, que veio a confirmar, depois, todas as credenciais.” A conversa com Argel não terminou sem o brasileiro nos questionar sobre o motivo para Benfica e Belenenses se defrontarem novamente no Estádio Nacional. A confusão em torno da SAD do Belenenses e do clube deixou-o surpreendido.
Quem estava do lado dos azuis do Restelo, nessa partida de 2003, era Neca, que representa, atualmente, o Farense. Ver o clube onde se formou a receber um grande do futebol português num estádio que não o do Restelo deixa-o desiludido, mas, ainda assim, acredita que o Belenenses pode repetir a façanha de 2003: “Já estão habituados àquele palco e vão dar o máximo. Espero que os meus amigos Silas e Zé Pedro tenham sucesso.” *