APÓS GOLEADA COM O ESTORIL (2-7) PRESIDENTE DA ACADÉMICA PEDE DESCULPA
Só há 74 anos, num jogo com o V. Setúbal (3-9), a Académica sofreu mais golos a jogar em casa
O Estoril foi ontem a Coimbra escrever uma página negra na história da Briosa, ao golear os estudantes, por 7-2. O resultado, justo, diga-se, ajuda a perceber o momento das duas equipas: a Académica é uma sombra (pequenina!) daquilo do que já foi no passado, enquanto os canarinhos voam rumo ao grande objetivo da época, a subida de divisão.
Cedo se percebeu que os últimos episódios da vida da Académica eram fantasmas na mente dos jogadores. A derrota na Taça de Portugal e o consequente despedimento de Carlos Pinto também ‘entraram em campo’. Mas não se pense que isso foi a única justificação para que o se passou. Na verdade, houve também muito mérito do Estoril, equipa que fez por merecer tudo o resultado que conseguiu.
A receita do jogo foi simples. De um lado houve apatia, desnorte coletivo e demasiados erros indi- viduais. Do outro, um esquema tático perfeito, com enorme mobilidade e qualidade técnica dos seus intervenientes. Ao primeiro golo de Pedro Queirós (8’), respondeu a Académica (12’), por Hugo Almeida, jogador que sobreviveu praticamente sozinho ao descalabro da sua equipa. O empate, porém, durou pouco, com Aylton (19’), Roberto (24’) e João Vigário (45’) a colocarem a nu as dificuldades da Briosa. Os estudantes ainda deram sinais de quererem uma 2ª parte diferente, chegando ao 2-4 novamente por Hugo Almeida, mas os erros individuais continuaram - laterais em claro destaque negativo -, permitindo que a classe do Estoril surgisse. Assim, foi com normalidade que Vigário (61’) e Dadashov (71’ e 90’+1) fixaram o resultado, confirmando o escândalo. Só num 3-9 com o V. Setúbal, na época 43/44, há 74 anos, a Académica sofreu mais golos em Coimbra. E em termos de 2ª Liga nunca os estudantes tinham sofrido sete em casa. *
“HÁ QUE VALORIZAR A NOSSA VITÓRIA. PARABÉNS AOS MEUS JOGADORES. TEMOS DE TER OS PÉS BEM ASSENTES NO CHÃO”