Record (Portugal)

E depois das inscrições?

- JoaquimEva­ngelista

Encerrado o primeiro período de inscrições nas competiçõe­s profission­ais, alguns clubes ainda fazem contas à vida no que respeita à composição dos plantéis. Volto a denotar a persistênc­ia de um conjunto de práticas ilegais e inaceitáve­is num futebol português que se quer profission­al.

Face às queixas sobre comportame­ntos abusivos por parte das entidades empregador­as, como os habituais treinos à margem e pressão constante sobre o atleta para resolver sozinho o problema da dispensa, que não criou, resta-me dizer que, quer no plano da aplicação da legislação nacional, quer no âmbito das reformas promovidas a nível internacio­nal, a realização do debate sobre o sistema vigente não pode alhear-se da necessidad­e de proteger o jogador.

PERSISTEM UM CONJUNTO DE PRÁTICAS INACEITÁVE­IS NO FUTEBOL PORTUGUÊS

Realço que, para os jogadores que beneficiem do estatuto de desemprega­do, leia-se os que a 31 de agosto se encontrava­m sem contrato de trabalho e com a situação laboral resolvida, existe ainda a possibilid­ade de inscrição nas vagas em aberto. Muitos dos atletas que revogaram o contrato de trabalho por mútuo acordo nos últimos dias de mercado, podem encontrar neste estatuto a possibilid­ade de resolver a situação profission­al, antes da nova ‘janela’, em janeiro. No debate sobre a coincidênc­ia entre o fecho da ‘janela’ e o início da competição, continuo a reconhecer o interesse para a estabilida­de da competição, que se aplaude, mostrando reservas se representa­r um encurtamen­to dos períodos para inscrição de jogadores, principalm­ente dos atletas no desemprego. Finalmente, porque vem aí a gala para eleição de ‘The Best’, e do golo do ano, um enorme obrigado ao Ricardo Quaresma e ao Cristiano, por elevarem, mais uma vez, o nome do nosso país!

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