O FILME DO DÉRBI CHEIO DE CHUMBITO
Ponto prévio: o jogo teve dez amarelos e um vermelho, mas não foi uma batalha campal. Esteve perto disso, mas não foi e contou até com momentos de desportivismo, como aquele minuto de silêncio com as duas equipas alinhadas em memória de José António, sócio do Inter. O problema foi quando a bola começou a rolar e o primeiro grande protagonista, com o sugestivo nome de guerra de Chumbito, teve um daqueles momentos hilariantes e pegou no avançado do Inter, de nome Miguel, com menos cinco palmos, como se estivesse a pendurar o seu casaco num cabide. O árbitro Armando Mendes não quis estragar o jogo logo aos 9 mi- nutos e pediu calma, alto e bom som, enquanto Miguel experimentava pela primeira vez a fúria do adversário. O mesmo Chumbi- to, cinco minutos depois, foi lá à frente, numa bola parada, e deu um valente ‘chega para lá’ em Filipe, “Lipinho” para os amigos do AC, onde o médio do Inter começou a época. Ironia do destino: livre direto aos 13 minutos e golo de Fili- pe, com o guarda-redes Pedro Pinto, um dos mais calmos do jogo, a ficar mal na fotografia.
O Inter ganhava e era notícia, mas o AC, com uma equipa mais experiente, carregava e puxava dos galões de líder. O jogo, entretanto, era praticamente secundário, com cinco paragens para assistência só na 1ª parte. A segunda começou com o golo de Galochas, na sequência de um canto, mas o AC ficou com menos um a partir dos 70’. Chumbito, claro, foi finalmente expulso e, ao que parece, até teve a sua razão, pois quis subir a bancada para tirar desforço quando uma adepta do Inter lhe enviou uma certeira cuspidela... *
CENTRAL DO AC PEGOU NUM ADVERSÁRIO COMO SE ESTIVESSE A PENDURAR UM CASACO E ACABOU EXPULSO