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HUAWEI MATE 40 PRO

O Mate 40 Pro é o smartphone com o hardware mais avançado do mercado, mas continua a não ser totalmente aproveitad­o devido à ausência dos serviços Google.

- G U S TAVO D I A S

Mesmo sem serviços Google, terá o Huawei Mate 40 Pro argumentos suficiente­s para ser um dos smartphone­s do ano?

Sempre fui adepto da família Mate, portanto foi com alguma curiosidad­e que aguardava por testar este novo Mate 40 Pro. Visualment­e, o smartphone impression­a, graças à combinação de uma estrutura em alumínio com painéis de vidro (Gorilla Glass 6), tanto à frente, como atrás. Mas estes não são meros painéis de vidro: o traseiro tem um agradável acabamento mate, o que ainda assim não o impede de ficar marcado com dedadas. Porém, é à frente que este Mate 40 Pro se diferencia verdadeira­mente, com o seu ecrã cascata, tal é a intensidad­e e dimensão da curvatura nos painéis laterais. Embora seja um efeito muito elegante, acaba por ser estranho de utilizar em determinad­as situações, como a escrever mensagens, já que a zona do teclado virtual está parte da curvatura não funciona. Aqui, os botões físicos para regulação do volume estão deslocados ligeiramen­te para trás, facilitand­o a utilização em algumas situações, como durante uma chamada telefónica. Lamento, mas a solução de botões virtuais de regulação de volume no P40 Pro não fazia sentido algum.

MULTIMÉDIA

O ecrã OLED de 6,76 polegadas tem uma qualidade de imagem excelente, uma elevada resolução e uma taxa de actualizaç­ão máxima do ecrã de 90 Hz, passível de ajuste para os 60 Hz (para poupar bateria) - também pode deixar que o sistema escolha a melhor solução, optando pelo modo dinâmico. Este ecrã acaba por ser fundamenta­l para tirar total partido do sistema de câmaras. Curiosamen­te, estas são, na sua essência, as mesmas do P40 Pro, ou seja, um sensor principal RYYB de 50 MP de grandes dimensões (1/1.28”) com pixeis individuai­s de 1,22μm (2,44 μm, quando combinados) e um telefoto de 12 MP com sistema de periscópio para recriar um efeito de zoom óptico de 5x.

Já o sensor da ultragrand­e angular é totalmente novo: 20 MP com formato 3:2 (como as câmaras fotográfic­as), que nos deu fotografia­s com um detalhe, alcance dinâmico e baixo ruído como nunca encontrei até hoje, num smartphone. À frente, temos um sensor de 13 MP acompanhad­o pelo módulo da câmara TOF 3D (Time Of Flight), essencial para o reconhecim­ento facial mais preciso, rápido e seguro. Até no vídeo o novo Mate 40 Pro brilhou, tendo apenas uma falha: não grava vídeo a 8K. Mas será que isso faz mesmo falta?

DESEMPENHO

O Mate 40 Pro conta com o novíssimo processado­r Kirin 9000 5G, um processado­r de 5 nm com oito núcleos, em que o principal (Cortex-A77) funciona a 3,13 GHz. Associado aos 8 GB de memória RAM e 256 GB de armazename­nto do tipo UFS 3.1, garantiu resultados excepciona­is nos testes, ao nível do Snapdragon 865+, ou seja, muito superiores ao Exynos 990 utilizado pelo rival Galaxy Note20 Ultra. Até a bateria de 4400 mAh tem uma maior autonomia e é compatível com carregamen­to rápido até 66 W (com transforma­dor fornecido) e 50 W (carregamen­to sem fios). Deixei o pior para o fim: a ausência dos serviços Google. Isto faz com que muitos serviços e aplicações que damos como garantidas continuem a não funcionar em terminais da Huawei, devido às sanções ainda em vigor. É certo que a Huawei tem feito um trabalho notável no reforço da sua loja de aplicações AppGallery, mas esta continua a não ser tão completa como a da Google, embora algumas aplicações inexistent­es na AppGallery já possam ser instaladas através do Petal Search, como o Spotify e a Netflix, entre outras.

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 ??  ?? Se não encontrar aplicações na AppGallery, poderá usar o Petal Search para as encontrar e, em alguns casos, instalá-las.
Se não encontrar aplicações na AppGallery, poderá usar o Petal Search para as encontrar e, em alguns casos, instalá-las.
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