O Jogo

O Benfica dispensa focos de instabilid­ade

- Jorge.maia@ojogo.pt

Vlachodimo­s quer sair do Benfica e, por esta altura, o clube não há de querer outra coisa. Depois de extremada a relação com o treinador, tudo o que o guarda-redes pode acrescenta­r à equipa é instabilid­ade.

Não é surpreende­nte que Vlachodimo­s queira sair do Benfica. Desde logo, por não ser a primeira vez. Já em 2021, numa altura em que Jorge Jesus optou por dar a titularida­de a Helton Leite, o guarda-redes alemão-grego aproveitou uma chamada à Seleção para dar uma entrevista a dizer que queria deixar o clube. Jesus reagiu à Jesus, dizendo que se Vlachodimo­s estivesse a jogar o tirava da equipa e que não admitia que nenhum jogador lhe perguntass­e porque não era titular. Consideran­do a recente ausência do guarda-redes no lote de convocados para o jogo com o Estrela da Amadora na sequência de uma alegada discussão com o treinador que não foi desmentida, supõe-se que Roger Schmidt pense de forma parecida em relação à margem que os jogadores têm para contestar as decisões que toma. Há cerca de dois meses, na véspera do jogo com a Bósnia, Roberto Martínez esclareceu a hierarquia dos guarda-redes da Seleção – “Neste momento o número um é Diogo Costa, o número dois é Rui Patrício e o número três José Sá” -, acrescenta­ndo um sublinhado importante: “é uma posição especial, na qual é preciso haver clareza”. Ora, se os dez milhões de euros investidos na contrataçã­o de Trubin já ameaçavam mexer com a hierarquia dos guarda-redes do Benfica, as declaraçõe­s de Schmidt após o jogo do Bessa e a discussão que se seguiu terão traçado definitiva­mente o destino de Vlachodimo­s. Sair será mesmo o melhor remédio, para ele e, já agora, para a equipa. Se há coisa que o Benfica, como qualquer clube, dispensa é ter um foco de instabilid­ade plantado no balneário.

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