O Jogo

Ler Abel a pensar no Brasileirã­o

Carlos Carvalhal já foi tentado por clubes brasileiro­s e faz questão de ver jogos para avaliar realidade

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Que entendimen­to tem sobre este ascendente mercado saudita? É chamativo para si?

—Também estive como candidato a alguns clubes, mas não está nos meus planos. Olho com dúvidas para o cresciment­o desse mercado, falta saber se será uma aposta consistent­e na evolução do futebol. Temos de esperar. Mas, se têm capacidade financeira, têm direito a procurar essa evolução, com os melhores jogadores para melhorarem a liga. A dúvida é se não será um investimen­to circunstan­cial. Se for conjuntura­l, acho péssimo; se for estrutural, acho ótimo. Treinei nos Emirados e sei que na Arábia há muita paixão, a começar pelos miúdos, sendo o jogador saudita o melhor da região. No que toca à Europa, não é bom perdermos os melhores jogadores e treinadore­s.

E os namoros do Brasil estão perto de um casamento?

—É mais um mercado em aberto. Existiram hipóteses, mas não as vimos como oportunas. Tivemos abertament­e, em momentos diferentes, reunidosco­mBragantin­o,Flamengo e Atlético Mineiro. Não se proporcion­ou. O que posso dizer é que o livro que estou a ler é o do Abel [Ferreira], a inteirar-me sobre campeonato brasileiro e tudo o que é envolvente. Tenho planos de aproveitar este período sabático para me deslocar e observar jogos no Brasil. Acho que vai ser um passo decisivo. Em breve, conto ir ao Brasil e

“Olho com dúvidas para o cresciment­o desse mercado [Arábia Saudita]”

“Existiram opções no Brasil, também na Arábia, mas não entraram nos planos”

isso ajudar-me-á a decidir se devo ou não aceitar um convite no futuro. O Jesus foi o precursor, o Abel ainda o superou pela longevidad­e. Tem sido um trabalho extraordin­ário, foi meu jogador e é um amigo pessoal. Merece o patamar incrível onde chegou, tendo hoje projeção mundial.

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