Injeção de capital do Catar em análise
BRAGA O mesmo fundo que controla o PSG está disposto a injetar capital na SAD. Em abril, António Salvador discutiu o assunto em Doha
Se o plano de investimento catari for para a frente, o Braga poderá ganhar uma capacidade financeira superior, que lhe permita ter uma equipa mais ambiciosa e a lutar pelo título de campeão.
O Fundo Soberano do Catar, o mesmo que controla o Paris Saint-Germain, mostrou interesse em investir na SAD do Braga e a ideia já levou António Salvador a viajar para Doha e a fazer depois escala em Paris, em finais de abril, para discutir o assunto com os responsáveis cataris. Nesta altura, pelo que apurou O JOGO, não está tomada qualquer decisão, mas o tema está a ser alvo de avaliação e poderá ganhar contornos mais específicos em breve.
Dos moldes do possível investimento na sociedade desportiva ainda pouco se sabe, nem tão pouco é conhecido o valor, embora, de acordo com as informações recolhidas, a ideia do Fundo seja a de potenciar o Braga, dando-lhe capacidade financeira para desportivamente ser mais ambicioso, com a possibilidade de lutar por títulos, isto para lá de estar em causa, mesmo por via indireta, o engrandecimento da cidade e da região.
Nesta altura, 36,88 por cento da estrutura acionista da SAD está nas mãos do clube, tendo a Olivedesportos 21,67 por cento e a Sundown Investments 16,69 por cento (esta empresa registada em Londres comprou as ações que eram detidas pela Câmara Municipal). Outros acionistas são ainda responsáveis por 24,76 por cento do capital do Braga. A concretizar-se, o investimento do Fundo Soberano do Catar terá de ser feito à custa de algumas destas parcelas da estrutura acionista.
O potencial de crescimento do clube minhoto, aliado às contas tradicionalmente positivas registadas ao longo dos últimos exercícios financeiros, funciona como um chamariz para os investidores internacionais, embora normalmente estes pretendam ter controlo sobre as decisões estratégicas da sociedade desportiva. A possibilidade de um grande investimento externo, até pela delicadeza do assunto, dependerá sempre de negociações.