Dragão marcou ritmos e atitude
O campeão nacional não facilitou e empregou todo o seu poderio. Mas o Tondela discutiu como pôde e até chegou a assustar.
O FC Porto levou para a final da Taça de Portugal a mesma energia e competência que o tornou campeão nacional, um par de semanas antes. O que acabou por marcar a diferença de ritmos e de atitude em campo, manietando um Tondela que apareceu com processos defensivos bem esquematizados e a mostrar que iria discutir o desfecho agarrado à sua maior arma: o contra-ataque. Porém, o caudal ofensivo dos azuis e brancos foi tão arrasador desde o primeiro minuto que a defesa beirã acabou por cometer um erro fatal: o central Marcelo Alves salta com Otávio e interceta a bola com o braço. Chamado á conversão da grande penalidade assinalada, o iraniano Mehdi Taremi inaugurou o marcador. A reação da equipa orientada por Nuno Campos foi ténue, ainda assim visível, através da várias tentativas de fuga do sempre inconformado Salvador Agra ou servindo à distância as corridas de Daniel dos Anjos e Rafael Barbosa. Mas o FC Porto dominava espaços e acontecimentos e, perto do intervalo,
A festa da Taça começa bem antes do apito incial, com os adeptos das equipas finalistas a confraternizarem na mata do Jamor
o seu tridente ofensivo - Taremi, Pepê e Evanilson - quase fez o 2-0. Resultado que haveria de concretizar-se no segundo tempo, após triangulação entre Vitinha e Pepê, com o primeiro a rematar, de pé esquerda, para a baliza de Niasse. A verdade é que os beirões não entregaram o jogo. Na oportunidade que dispuseram para se libertarem do sufoco portista, Salvador Agra descobriu, com um cruzamento “teleguiado”, a presença de Neto Borges na área, que cabeceou para um grande golo. Mas o campeão nacional não demorou a repor a vantagem: Otávio fez voar a baliza por cima dos defesas adversários, onde apareceu Taremi a rematar de primeira e a bisar no encontro.