SÓ PARA VERDADEIROS GUERREIROS
Expulsão de Vitinha [44’] obrigou bracarenses a suar para segurarem os três pontos
“Carvalhal: “A minha equipa foi brava”
A expulsão, justa, de Vitinha obrigou o Braga a mostrar a face de sofrimento, resistindo firme ao enorme apertão dado pelo Vizela durante toda a segunda parte.
●●● A jogar com dez unidades a partir dos 44’, por expulsão de Vitinha (justa, devido a um pontapé na cara em Ivanildo), o Braga sofreu, e de que maneira, para segurar a vantagem conseguida um pouco antes (39’), quando Ricardo Horta e Iuri Medeiros fabricaram um golo de sonho, que meteu uma assistência de calcanhar do capitão e um remate em arco do açoriano. Depois disso, a equipa de Carlos Carvalhal levou um tremendo apertão do Vizela, que teve várias oportunidades para igualar o jogo na segunda parte, e não teve outro remédio do que recuar e defender com todas as unidades disponíveis. Foi, muito provavelmente, o melhor teste para a batalha de Glasgow, na quinta-feira, porque colocou à prova a capacidade de resistência dos arsenalistas, entrando também na equação o ambiente efervescente criado pelos adeptos vizelenses.
O jogo teve duas caras. Até à expulsão de Vitinha, o Braga começou por sentir dificuldades para impor o jogo, mas aos poucos libertou-se e, por vezes com jogadas de envolvimento de bom recorte, foi deixando Pedro Silva em sentido. O golo de Iuri Medeiros chegou nessa melhor fase da equipa e o Vizela nem parecia encontrar argumentos para igualar as operações a meiocampo ou surgir verdadeiramente com perigo junto de Matheus. Só que a inferioridade numérica dos bracarenses, mais a entrada de Raphael Guzzo nos primeiros minutos da segunda parte, inclinaram o jogo na direção de Matheus. O camisola 8 dispôs de duas claras ocasiões de golo (55’ e 88’), mas de forma incrível desperdiçou os lances, intervalados por outras oportunidades: Kiko Bondoso, Samu, Rashid, Guo e Sarmiento também mostraram desacerto na finalização. A pressão vizelense não deu resultado, Carvalhal refrescou o meio-campo com Gorby e Lucas Mineiro e até foi Ricardo Horta a desperdiçar a última ocasião (90+4’).