Conceição “Estava satisfeito ao intervalo, não é normal...”
APROVADO Treinador do FC Porto apreciou o comportamento da equipa, mesmo quando o resultado ainda não era favorável. Mobilidade na frente foi o “segredo”
Sérgio assegurou que não houve “castigo para ninguém” após o desaire com o Liverpool e enalteceu uma “atitude competitiva acima da média”. Evanilson saiu sem golos, mas com um grande elogio
●●●Sérgio Conceição dificilmente poderia ter-se mostrado mais satisfeito com os jogadores do FC Porto e o resultado foi apenas parte da explicação. “Estávamos empatados ao intervalo e eu estava satisfeito com a equipa, o que não é muito normal. Às vezes estamos a ganhar e não estou tão satisfeito. É sinónimo de que desde o primeiro segundo até ao fim do jogo não tirámos pé do acelerador. Fomos uma equipa com qualidade em posse, dentro daquilo que tínhamos preparado para o jogo, de grande nível”, resumiu o técnico, agradado com as “muitas situações” criadas e por ter visto uma “atitude competitiva acima da média”. “Quando é assim, mesmo que não ganhássemos, há uma satisfação grande pelo que os jogadores produzem. Entenderam na perfeição a preparação para o jogo, há que dar os parabéns aos jogadores, que foram os grandes obreiros desta vitória”, reforçou Conceição.
Para defrontar uma equipa “sempre chata e difícil” como o Paços de Ferreira, que se apresentou no Dragão “mesmo muito fechado e atrás no terreno”, a estratégia passava
Conceição fechou de vez o jogo com o Liverpool e voltou a frisar que não pode ter um discurso em público e outro para a equipa
por “não dar referências” e promover “muitas trocas posicionais e permutas”. “O segredo esteve nessa mobilidade e disponibilidade”. Neste plano, Taremi “pisou outro espaço” e Evanilson “teve um desempenho fantástico”. Ainda no que diz respeito ao avançado, que viu o segundo amarelo por simulação, Sérgio foi perentório: ”Foi tocado, sem dúvida absolutamente nenhuma. Ainda não vi o lance, mas acredito no meu jogador. Temos mais jogadores disponíveis e vão dar o seu o contributo, com certeza.”
Por outro lado, o treinador encerrou em definitivo o dossiê Liverpool, com a garantia de que esse jogo “não teve nada a ver” com as escolhas para o de ontem. “Estive a passar os olhos pela Imprensa e estavam a tentar descodificar quem tinha errado mais contra o Liverpool, quem tinha contrato ou não, a falar do futebol e não de futebol. Podiam falar do que o FC Porto ia promover no jogo, o que ia tentar explorar no Paços de Ferreira. Não é castigo para nenhum, viram a alegria do banco quando fizemos os golos”, frisou.
“Às vezes, estamos a ganhar e não estou tão satisfeito. Desde o primeiro segundo até ao fim, não tirámos pé” “Entenderam na perfeição a preparação para o jogo. Fomos uma equipa com qualidade e posse” “Estratégia passava por não dar referências, com muitas trocas posicionais e permutas” “Não é castigo para nenhum, viram a alegria do banco quando fizemos os golos”