DESPERDIÇAR ATÉ SOFRER
O Portimonense podia ter goleado, mas acabou com os cabelos em pé, porque o Santa Clara ameaçou imenso, na parte final
Com Lucas Fernandes inspirado e Aponza como o “novo Beto”, algarvios venceram pela primeira vez em casa. Daniel Ramos arriscou tudo, talvez demasiado tarde
O Portimonense conseguiu a primeira vitória caseira, ao terceiro jogo, mas, de tanto desperdiçar, arriscou-se a sofrer o empate na última dezena de minutos, quando Daniel Ramos juntou o central Boateng ao ponta delançaBouldinie ficou a jogar com três defesas. Valeu Samuel, que fez a defesa da noite já nos descontos, como tinha valido Lucas Fernandes, o dínamo do futebol algarvio durante larga fatia do jogo.
Paulo Sérgio mudou os centrais, colocando Willyan ao lado dePe dr ão,caben doa Ewer tono papel de médio mais recuado, com alguma responsabilidade na saída a três, na primeira fase de construção. Do lado contrário, Daniel Ramos não contou com o adoentado Morita nem com Cryzan, este por opção, lançando Júlio Romão e Ricardinho no onze. O melhor começo algarvio foi coroado como golo de Aponza,o “novo Beto”, que deu a melhor sequência à solicitação de Carlinhos para Lucas Fernandes, que amorteceu para o disparo do colombiano.
Com Lincoln apertado pela vigilância de Ewerton, coube ao flanco direito do Santa Clara a resposta à desvantagem. Rafael Ramos e Ricardinho combinaram a preceito e o extremo atirou ao poste para Rui Costa faturar na recarga. O futebol mais prático dos açorianos permitia uma chegada rápida à área dos algarvios que, todavia, se recompuseram a tempo de fazer o 2-1, agora com Aponza a assistir Lucas Fernandes.
As perdidas de Anderson, Aponza e Moufi marcaram a segunda parte e impediram que o Portimonense respirasse mais cedo de alívio. Paulo Sérgiofoidandomúsculoaomeiocampo,massemprecomocontrolo total do jogo, à exceção dos tais derradeiros minutos, face à pressão do Santa Clara, que atacou com tudo e criou duas ou três situações de perigo, em especial a de Bouldini, para a tal defesa mágica de Samuel.