O Jogo

A HORA DE GRUJIC

SÉRVIO AGARROU A OPORTUNIDA­DE EM MADRID E ESTÁ APONTADO AO ONZE DO FC PORTO COM O MOREIRENSE

- CARLOS GOUVEIA

Atlético era a meta de mês e meio de recuperaçã­o

Toni Martínez eleito melhor avancado de agosto

Uma lesão afastou-o dos primeiros encontros da época, mas foi preparado durante a paragem das seleções para jogar em Madrid e tapar os caminhos para a baliza de Diogo Costa

Grujic voltou para ficar e não estamos a falar do regresso do sérvio ao FC Porto a título definitivo depois de um ano emprestado pelo Liverpool. O médio foi dispensado da seleção e ficou no Olival a ser preparado ao longo de duas semanas para surgir no onze em Madrid. A exibição que fez, fundamenta­l para dar consistênc­ia defensiva à equipa, confirmou que está totalmente recuperado da lesão que o apoquentou no último mês e meio e deve garantir-lhe a continuida­de nas opções na receção ao Moreirense, naquele que deverá ser o seu primeiro jogo no Dragão com público. No Wanda Metropolit­ano, Grujic foi dos melhores do FC Porto. Ajudou a secar Lemar e João Félix, condiciona­ndo dessa forma quase todo o jogo ofensivo dos colchonero­s. Mostrou-se irrepreens­ível no posicionam­ento, mas também nos momentos com e sem bola, e foi sempre capaz de encontrar soluções de passe. Não falhou, por exemplo, um único passe longo. Conceição considera essencial que os médios tenham velocidade na circulação e sejam agressivos na recuperaçã­o de bola e Grujic mostrou isso em Madrid, dando continuida­de ao que que fez na parte final da época passada, em que assumiu a titularida­de e “obrigou” a SAD a fazer um esforço financeiro para o contratar a título definitivo.

O sérvio voltou e encontrou um meio-campo com mais alternativ­as do que na época passada. Vitinha e Bruno Costa juntaram-se ao grupo, o que permite a Sérgio Conceição uma melhor gestão nestes ciclos de dois jogos por semana, mas Grujic rapidament­e conquistou o seu espaço. No clássico de Alvalade ainda não estava em condições de ser titular - entrou nos descontos -, mas foi preparado para ser lançado em Madrid e funcionar como o pilar que equilibrar­ia a equipa no setor intermediá­rio, dando ainda uma importante ajuda a Corona à direita e, nas horas de mais aperto, aos centrais. O Moreirense é um rival com caracterís­ticas distintas e menos poderoso do que o Atlético de Madrid, mas, ainda assim, Conceição deve manter o duplo-pivot e o sérvio será um deles, até porque quem poderá sair para descansar depois de uma semana “louca” é Uribe, sobrecarre­gado com jogos neste arranque de temporada.

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