O dérbi sorriu à caravela
Rio Ave foi mais eficaz no encontro dos rivais, ao vencer nos penáltis. O Varzim foi mais perigoso nos 90 minutos, no entanto, teve pouca eficácia nas oportunidades que conseguiu criar
“Jogo dividido e intenso nos duelos. O Rio Ave foi mais competente nos penáltis”
António Barbosa
Treinador do Varzim
“Fomos sempre muito guerreiros. Dedico a vitória aos adeptos do Rio Ave”
Luís Freire
Treinador do Rio Ave
Foi mais feliz o Rio Ave ao vencer no desempate por penáltis, mas o dérbi entre rivais e vizinhos podia ter caído para o lado varzinista. Aliás, sublinhe-se, os poveiros foram sempre a equipa mais perigosa. Esbarraram na qualidade de Jhonatan, guarda-redes do Rio Ave, determinante na qualificação para a segunda fase da Taça da Liga.
Com sete caras novas no onze, o treinador António Barbosa montou uma equipa aguerrida, com uma aposta clara nas saídas rápidas para contrariar um Rio Ave com mais bola e menos novidades: Luís Freire apostou em apenas quatro reforços.
Numa das raras aparições do Rio Ave no ataque, até ao intervalo, Gabrielzinho teve a primeira tentativa de chegar ao golo num remate de meia distância. Guga imitou-o e o Varzim respondeu com dois contra-ataques muito perigosos em que faltou discernimento a Tavinho e Agdon.
Na mesma toada, o Varzim entrou bem na segunda parte e, depois de Tavinho ameaçar, surgiu o golo, marcado por Ronan na própria baliza, após livre lateral de Murilo. Luís Freire apostou nos pesos pesados, lançou Geraldes, Carlos Mané e Pedro Mendes, e começou, então, a melhor fase do Rio Ave. Após uma ameaça de Joca travada por grande defesa de Tiago Pereira, o 1-1 chegou pela cabeça de Aderllan Santos, após livre de Guga. Nos descontos, Tavinho e depois João Reis, que falhou isolado, poderiam ter dado a vitória aos poveiros, mas foi o Rio Ave quem saiu a sorrir, nos penáltis, brilhando o guarda-redes Jhonatan. Na terceira jornada da II Liga haverá novo dérbi.