Egutidze estreia-se no pódio Mundial
Foram sete combates, cinco com prolongamento, até ao bronze com que sempre sonhou
Anri Egutidze, um filho de emigrantes da Geórgia, conquistou, em Budapeste, a 12.ª medalha portuguesa em Mundiais e a sua primeira em grandes competições, depois de vários pódios em Grand Slam e Grand Prix. Aos 25 anos, o judoca do Benfica confirmou ainda o lugar nos Jogos de Tóquio, pois já estava em posição de apuramento, ao ser 21.º no ranking olímpico, o que lhe valia a entrada no 15.º de 18 lugares, depois de descartados os segundos atletas de alguns países.
O primeiro pódio nacional neste Mundial, que surge depois do Europeu de Lisboa – onde Egutidze perdera na luta pelo bronze –, só chegou ao sétimo combate, pois os -81 kg tinham 77 judocas. Egutidze, que prometera não repetir o desgosto de Lisboa, bateu o montenegrino Nebojsa Gardasevic (110.º mundial), aos 39segundosdoprolongamento, o moldavo Nicon Zaborosciuc (81.º), com segundo wazari a fechar os cinco minutos, o alemão Dominic Ressel (10.º), com ippon aos 17s do tempo extra, e o espanhol Alfonso Solana (66.º), com ippon aos 58s de prolongamento.
A maratona de combates só teve um desaire, nos quartos de final, com o holandês Frank De Wit. Batido pelo quinto mundial e atleta do Sporting, também no Golden Score, Egutidze beneficiou da lesão do belga Sami Chouchi e passou direto ao combate pelo bronze. Frente ao uzbeque Sharofiddin Boltaboev (7.º mundial), foi em novo prolongamento que conseguiu o wazari mais importante da carreira. Aos 1m09s gritou de alegria e foi dar um abraço emocionado a Pedro Soares, selecionador nacional e treinador que o lançou.