O Jogo

ENTRADA A FRIO FOI A TEMPO DE SER CORRIGIDA

TANGENTE O Marítimo entrou melhor e o Braga passou por problemas, mas depois Iuri Medeiros e Ricardo Horta desequilib­raram. Golo madeirense ainda assustou

- Textos TOMAZ ANDRADE

Madeirense­s defenderam com linha de cinco e desdobrara­m-se bem no ataque. Tagueu foi perdulário e depois Iuri Medeiros facilitou a vida a Carvalhal com um belo golo. Braga melhor após o intervalo

O Braga regressou às vitórias depois da derrota em Alvalade, mas teve que suar, e muito, numa noite gélida, em que o Marítimo andou aos ziguezague­s. Os madeirense­s começaram bem, ainda que perdulário­s, depois desaparece­ram e voltaram para os últimos minutos. O triunfo minhoto pela margem mínima aceitou-se.

O jogo começou com o Marítimo ao ataque e a criar sérios calafrios ao Braga. Ainda a tentar adaptar-se ao esquema dos madeirense­s, a equipa minhota foi apanhada em contrapé e, depois de um tremendo disparate de Al Musrati, Joel Tagueu galgou terreno até perto de Matheus, mas rematou ao lado. O lance só espevitou mais o Marítimo e deixou o Braga como que gelado, sem soluções para travar a circulação de bola do adversário, que se apresentou num 3x5x2 muito maleável. Na prática, a equipa de Milton Mendes defendeu com uma linha de cinco e desdobrou-se rapidament­e quando teve a bola em seu poder, ao ponto de controlar o jogo durante os primeiros 20 minutos. Bambock e Jean Irmer foram muito possantes na zona intermédia e contribuír­am para o ascendente insular.

Com Bruno Viana e Iuri Medeiros de regresso ao onze, que voltou a contar com Raul Silva na defesa, o Braga sentiu muito a falta de Paulinho (lesionado), um ponta de lança muito móvel e que sabe jogar de costas para a baliza, a receber bolas e a abrir espaços para Ricardo Horta e Iuri Medeiros. Ora, Schettine tardou a entrar no jogo e foram Iuri Medeiros e Ricardo Horta os principais responsáve­is pelo fluxo ofensivo minhoto. Um pouco contra as expectativ­as, o Braga conseguiu chegar ao golo aos 34’, num lance em que contou verdadeira­mente a superior execução técnica de Esgaio, com uma assistênci­a perfeita, e Iuri Medeiros, com um remate de primeira na área, mais em jeito do que em força.

O golo tranquiliz­ou a equipa minhota, que passou a desenvolve­r um futebol mais ligado, de posse e de envolvimen­to, tendo mesmo a oportunida­de de fechar a primeira parte com mais um golo, não fosse um corte providenci­al de Cláudio Winck em cima da linha de baliza. No entanto, o desequilíb­rio nas ações defensivas dos minhotos voltou a dar sinal de alarme e por muito pouco Joel Tagueu não bateu Matheus no período de descontos da primeira parte.

Feitas as correções no balneário, o Braga apareceu mais sólido para a segunda parte e tomou conta do jogo até com uma relativa facilidade, tanto assim que o segundo golo apareceu com naturalida­de, por intermédio de Ricardo Horta, aos 67’. Mas, da mesma forma que o Marítimo tinha desapareci­do, voltou a reentrar no jogo graças às substituiç­ões operadas por Milton Mendes. Macedo, Correa e Milson saltaram do banco e fabricaram um golo fácil aos 77’ e que apanhou o Braga, mais uma vez, despreveni­do na defesa. Contudo, o impulso final dos madeirense­s não foi suficiente­mente forte para tirar a nona vitória do Braga na Liga.

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Al Musrati tenta roubar a bola a Milson
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