ENTRADA A FRIO FOI A TEMPO DE SER CORRIGIDA
TANGENTE O Marítimo entrou melhor e o Braga passou por problemas, mas depois Iuri Medeiros e Ricardo Horta desequilibraram. Golo madeirense ainda assustou
Madeirenses defenderam com linha de cinco e desdobraram-se bem no ataque. Tagueu foi perdulário e depois Iuri Medeiros facilitou a vida a Carvalhal com um belo golo. Braga melhor após o intervalo
O Braga regressou às vitórias depois da derrota em Alvalade, mas teve que suar, e muito, numa noite gélida, em que o Marítimo andou aos ziguezagues. Os madeirenses começaram bem, ainda que perdulários, depois desapareceram e voltaram para os últimos minutos. O triunfo minhoto pela margem mínima aceitou-se.
O jogo começou com o Marítimo ao ataque e a criar sérios calafrios ao Braga. Ainda a tentar adaptar-se ao esquema dos madeirenses, a equipa minhota foi apanhada em contrapé e, depois de um tremendo disparate de Al Musrati, Joel Tagueu galgou terreno até perto de Matheus, mas rematou ao lado. O lance só espevitou mais o Marítimo e deixou o Braga como que gelado, sem soluções para travar a circulação de bola do adversário, que se apresentou num 3x5x2 muito maleável. Na prática, a equipa de Milton Mendes defendeu com uma linha de cinco e desdobrou-se rapidamente quando teve a bola em seu poder, ao ponto de controlar o jogo durante os primeiros 20 minutos. Bambock e Jean Irmer foram muito possantes na zona intermédia e contribuíram para o ascendente insular.
Com Bruno Viana e Iuri Medeiros de regresso ao onze, que voltou a contar com Raul Silva na defesa, o Braga sentiu muito a falta de Paulinho (lesionado), um ponta de lança muito móvel e que sabe jogar de costas para a baliza, a receber bolas e a abrir espaços para Ricardo Horta e Iuri Medeiros. Ora, Schettine tardou a entrar no jogo e foram Iuri Medeiros e Ricardo Horta os principais responsáveis pelo fluxo ofensivo minhoto. Um pouco contra as expectativas, o Braga conseguiu chegar ao golo aos 34’, num lance em que contou verdadeiramente a superior execução técnica de Esgaio, com uma assistência perfeita, e Iuri Medeiros, com um remate de primeira na área, mais em jeito do que em força.
O golo tranquilizou a equipa minhota, que passou a desenvolver um futebol mais ligado, de posse e de envolvimento, tendo mesmo a oportunidade de fechar a primeira parte com mais um golo, não fosse um corte providencial de Cláudio Winck em cima da linha de baliza. No entanto, o desequilíbrio nas ações defensivas dos minhotos voltou a dar sinal de alarme e por muito pouco Joel Tagueu não bateu Matheus no período de descontos da primeira parte.
Feitas as correções no balneário, o Braga apareceu mais sólido para a segunda parte e tomou conta do jogo até com uma relativa facilidade, tanto assim que o segundo golo apareceu com naturalidade, por intermédio de Ricardo Horta, aos 67’. Mas, da mesma forma que o Marítimo tinha desaparecido, voltou a reentrar no jogo graças às substituições operadas por Milton Mendes. Macedo, Correa e Milson saltaram do banco e fabricaram um golo fácil aos 77’ e que apanhou o Braga, mais uma vez, desprevenido na defesa. Contudo, o impulso final dos madeirenses não foi suficientemente forte para tirar a nona vitória do Braga na Liga.