O Jogo

Europa, meu amor

De saída: Carvalhal nunca teve tantas propostas de trabalho

- MANUEL CASACA

Numa altura em que o desgaste físico já era enorme, até porque o Boavista nunca deixou de lutar pelo resultado, foi a vez de testar os corações dos rioavistas

O Rio Ave está de volta à Liga Europa. A equipa treinada por Carlos Carvalhal venceu no Estádio do Bessa e depois ficou no relvado à espera do resultado do Famalicão. Foram então emoções muito fortes, porque primeiro chegou a informação que o jogo na Madeira já tinha acabado, depois foi aconselhad­a calma, porque tinha sido falso alarme e, durante mais três minutos, os corações vila-condenses bateram aceleradam­ente. A explosão de alegria aconteceu quando chegou o veredicto: o Famalicão tinha acabado de empatar com o Marítimo.

Mas mais do que falar do demérito da equipa famalicens­e, que fez um excelente campeonato, há que dar mérito ao Rio Ave, que ontem voltou a justificar todos os elogios. Venceu bem, com dois golos de Taremi, e acabou por ser o iraniano a indicar o caminho direto para a Liga Europa. Se no primeiro beneficiou do mau posicionam­ento de Lucas, que estava a colocá-lo em jogo, no segundo aproveitou um erro tremendo do mesmo central e entrou a passo com a bola pela baliza dentro.

O segundo golo do Rio Ave foi uma explosão de alegria da equipa vila-condense, porque sentia que o jogo estava ganho, depois de uma reação muito positiva do Boavista. Os axadrezado­s tudo fizeram para evitar a derrota e até criaram algumas oportunida­des para empatar, sobretudo através do pés esquerdo de Gustavo Sauer, mas a falta de pontaria ou o guarda-redes Kieszek impediram o brasileiro de festejar.

Daniel Ramos ainda tentou sair do comando técnico do Boavista [é o eleito para ocupar a vaga de João Henriques no Santa Clara, ler pág. 42] com outro resultado e mexeu na equipa para dar maior cariz ofensivo, mas quando a equipa tentava ir para a frente sofreu uma nova contraried­ade com o “tal” erro cometido por Lucas.

Carlos Carvalhal, que está de saída do Rio Ave, percebeu que o Boavista podia incomodar e começou também ele a refrescar a equipa, dando-lhe maior solidez. Depois, quando as pernas já tremiam de tanto desgaste, chegou a hora de testar os corações dos rioavistas. A festa pelo regresso à Europa veio logo depois.

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No final do jogo, a equipa vitoriou o seu máximo goleador: o iraniano Taremi

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