Tozé disfarça crise dos avançados
Médio sucede a Raphinha como melhor marcador da equipa na I Liga. Dourado foi o último homem-golo de área
Pela terceira época consecutiva, a melhor arma do V. Guimarães no campeonato não é um avançado. Tozé leva mais dois golos do que Alexandre Guedes e está de saída do clube, a custo zero
Em fim de contrato e já decidido a abraçar outra aventura, Tozé confirmou, de penálti, frente ao Nacional, ser a principal referência do V. Guimarães em matéria de golos no campeonato. Por um lado, é um excelente cartão de visita para o médio-ofensivo, que na última jornada igualou o seu melhor registo na I Liga (oito golos); por outro, reflete um problema com que os minhotos se debatem desde que o brasileiro Henrique Dourado partiu, em 2016, com 12 golos apontados. A partir daí, nenhum outro avançado de área teve uma performance semelhante e muito menos se tornou no melhor marcador da equipa no campeonato.
Semelhante estatuto pertenceu nas últimas duas épocas a extremos: primeiro a Marega (13 golos), em 2016/17 (o ponta de lança era Tiquinho Soares), e depois a Raphinha (15 golos), em 2017/18. A pontaria do segundo até proporcionou um bom negócio (foi vendido ao Sporting por 6,5 milhões de euros), mas a sociedade desportiva não se deu por satisfeita e resolveu apostar forte no ataque nesta temporada, colocando ao dispor de Luís Castro cinco avançados prometedores: Alexandre Guedes, Welthon, Rincón, Estupiñán e Tallo. Os resultados (em forma de muitos golos) ficaram, porém, aquém das expectativas, de tal forma que Rincón seria encaminhado para a equipa B; Estupiñán acabou emprestado ao Barcelona (Equador); e Tallo assinou a desvinculação na sequência de um processo disciplinar. Apenas Guedes e Welthon convenceram o treinador e não podem ser vistos como finalizadores natos. Utilizado em 28 partidas do campeonato (2074 minutos), o exavançado do Aves apenas contabiliza seis golos, enquanto Welthon só leva um em 17 ocasiões (591 minutos). Alexandre Guedes, com seis golos na liga, é o único avançado que convenceu Luís Castro. Rincón, Estupiñán e Tallo deixaram de ser opções a partir de janeiro