Jorge Mendes é o segundo agente que mais fatura
O empresário português contabiliza milhões, mas Scott Boras, o superagente do basebol, lidera a lista de ganhos há seis anos consecutivos
A mudança de Cristiano Ronaldo de Madrid para Turim ajudou o empresário a aumentar o volume de negócios do ano passado para este ano – e as comissões –, mas há seis anos que Scott Boras lidera a lista
Mais de 850 milhões de euros movimentados em contratos de jogadores, aos quais correspondem comissões superiores a 85,5 milhões, fazem de Jorge Mendes o segundo agente mundial em termos de volume de negócios. Os cálculos são da revista financeira “Forbes” e são atualizados anualmente, mas o líder deste ranking dos representantes de desportistas mais poderosos continua a ser Scott Boras, que movimentou mais de 1600 milhões de euros em contratos, retirando 89,5 milhões em comissões.
Num ano em que o mercado de desportistas a nível global movimentou mais de 28 450 milhões de euros, com mais de 1300 milhões em comissões de agentes, a transferência de Cristiano Ronaldo do Real Madrid para a Juventus, por 117 milhões de euros, contribuiu para que Mendes, dono da Gestifute, passasse dos cerca de 654 milhões de euros que fez em 2017 para os atuais 850 milhões.
A “Forbes” refere-se ao português como “o mais famoso agente de futebol do mundo” e lembra que entre os seus clientes se encontram outros jogadores de topo como James Rodríguez, do Bayern, Di María, do PSG, e Bernardo Silva, do Manchester City.
À frente de Jorge Mendes – e na liderança deste top 50 pelo sexto ano consecutivo, está o norte-americano Scott Boras, o superagente do basebol. Representa nove jogadores com contratos que valem mais de cem milhões de dólares (85 milhões de euros). Outrora representante da superestrela da modalidade Alex Rodríguez, a “Forbes” sublinha que um novo recorde pode ter como protagonista este agente, pois dizse que Bryce Harper poderá vir a ser contratado por mais de 400 milhões de dólares (340 milhões de euros).
Basebol e futebol são as modalidades mais valiosas neste “campeonato” dos milhões e também aquelas em que os agentes podem cobrar comissões mais elevadas. E, para elaborar este ranking, a “Forbes” compila todas as operações de mercado e jogadores sob contrato com os agentes e respetivas empresas e calcula as comissões com base na percentagem máxima que é permitida cobrar em cada modalidade pelas entidades que as regulamentam – FIFA (10%), MLB (5%), NBA (4%), NHL (4%) e NFL (3%), ou seja, futebol e as ligas norte-americanas de basebol, basquetebol, hóquei no gelo e futebol americano.
A “Forbes” depois ordena o ranking com base nas comissões (máximas) dos representantes dos atletas, daí que a maioria dos primeiros lugares seja ocupada por aqueles que se movimentam no futebol e no basebol, os que estão autorizados a receber mais pelos serviços de intermediação.
No ténis e no golfe, o princípio do pagamento aos representantes é diferente, pois estes não cobram com base nos vencimentos dos seus atletas e sim pelo dinheiro que ajudam a gerar, sobre o qual recebem 20%.