O Jogo

Apenas uma reviravolt­a

REGISTO Em quatro rondas a precisar de virar o resultado de casa, apenas em 1991/92, com o Arsenal, houve sucesso

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Na principal prova da UEFA, os encarnados já foram eliminados por três vezes após a desvantage­m no seu reduto na primeira mão. Agora procuram novo êxito, de forma a agarrar 43 milhões de euros

O Benfica apresenta-se em Salónica, Grécia, com a missão de dar a volta ao resultado alcançado na primeira mão do play-off de acesso à fase de grupos da Champions. O 1-1 dá vantagem ao PAOK e é curto para as pretensões dos encarnados, que se veem forçados a vencer ou a, pelo menos, sair do Estádio Toumba com um empate por mais golos do que os vistos na Luz. E o desafio do Benfica até pode ser bem mais complicado quando visto sob a perspetiva histórica: em quatro ocasiões na principal prova de clubes da UEFA (Taça dos Campeões Europeus ou Liga dos Campeões), em que tiveram de mudar fora de portas o destino após um resultado negativo na Luz apenas por uma vez o conseguira­m. A vítima foi o Arsenal, em 1991/92.

Após o empate a uma bola na primeira mão, na então Taça dos Campeões Europeus, as águias surpreende­ram os gunners em Londres por 3-1, com um bis de Isaías e um golo de Kulkov, seguindo assim para a fase de grupos da prova.

O sucesso frente ao Arsenal foi caso único, com o Benfica a registar três eliminaçõe­s em posição desvantajo­sa.

O caso mais recente em que o Benfica tinha como missão corrigir um deslize caseiro em fase a eliminar da Champions ainda tinha Jorge Jesus no comando. Em 2011/12, as águias perderam com o Chelsea na Luz por 1-0 e foram a Stamford Bridge a precisar de ganhar. Acabariam por sofrer novo desaire, agora por 2-1, que mandou o Benfica para fora da prova nos quartos de final. Também em Inglaterra, mas em 1977/78, o desafio era contrariar a derrota por 2-1 em casa, contra o Liverpool, igualmente nos quartos de final da Taça dos Campeões Europeus. Na cidade dos Beatles, um pesado 4-1 fechou a eliminatór­ia.

Mais atrás, em 1973/74, o Benfica foi desafiado a ir à Hungria, ao terreno do Ujpest, para corrigir o 1-1 de Lisboa. Aí, os húngaros também se saíram melhor, vencendo na segunda mão por 2-0.

Estes são os casos em que o Benfica teve, como visitante, de emendar falhas como anfitrião, mas em muitas outras viveu-se situações opostas, ou seja, onde foi preciso corrigir na Luz resultados negativos de uma primeira mão em terreno alheio. Contas globais feitas às eliminatór­ias onde o Benfica partiu em desvantage­m para uma segunda mão na principal prova europeia de clubes, houve oito “remontadas”, contra as 11 ocasiões em que a missão não foi atingida.

Agora, as águias procuram repetir o exemplo de Londres, perseguind­o a nona presença seguida na fase de grupos da Champions, que vale 43 milhões de euros.

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Titular no 1-1 com o Arsenal em casa, Kulkov viria a marcar no 3-1 em Londres

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