O Jogo

AKINFEEV FECHA... ASPAS

SURPRESA Rússia ataca pouco, mas Piqué dá uma mão para chegar ao empate. Depois resiste e confirma maldição da Roja

- PEDRO RIBEIRO

Uma das favoritas ao triunfo, a Espanha foi eliminada pela Rússia. Após o 1-1 nos 90 minutos, que se man- teve no prolongame­nto, os russos foram mais eficazes no desempate por penáltis: convertera­m quatro e viram os espanhóis falharem dois em cinco; Akinfeev travou o remate denunciado de Koke e, esticando o pé esquerdo, o de Iago Aspas, fechando a história deste jogo dos “oitavos”.

A jogar em casa, a Rússia chegou pela primeira vez aos quartos de final de um Mundial, enquanto a Espanha falhou novamente perante uma seleção anfitriã, confirmand­o a maldição: oito derrotas/eliminaçõe­s em Mundiais (Itália’34, Brasil’50, Correia do Sul’2002 e agora a Rússia) e Europeus (França’84, RFA’ 88, Inglaterra’96 e Portugal’2004).

Assumindo a superiorid­ade dos espanhóis, o selecionad­or russo regressou a uma defesa de três centrais, acompanhad­os por dois laterais. Quem pensava que os últimos seriam ofensivos, enganou-se: Mário Fernandes e Zhirkov raramente subiram. Além disso, os avançados Dzyuba e Golovin juntavam-se aos médios, formando uma muralha de onze atrás da linha da bola, praticamen­te intranspon­ível para a Espanha. Sem espaço entre as linhas defensivas e lenta a circular a bola, a Roja até abriu o marcador, mas num lance fortuito: na sequência de um livre, Ignashevic­h desviou a bola para o fundo da baliza com o calcanhar. Com 38 anos e 352 dias, o central russo é o o mais velho de sempre a marcar um autogolo num Mundial...

Apesar da desvantage­m, a Rússia manteve-se à defesa e

De Gea foi um mero espectador em campo até Piqué errar: saltou com o braço no ar dentro da área. O penálti assinalado permitiu a Dzyuba fazer a igualdade e ter participaç­ão direta nos últimos sete golos da sua seleção em Mundiais: três golos e quatro assistênci­as. Este acabou por ser o único remate dos russos na direção da baliza em 120’ de jogo!

Iniesta, de fora da área, aos 85’, fez brilhar Akinfeev, que ainda negou a recarga a Aspas. E já no prolongame­nto, o guardião russo voltou a ser decisivo duas vezes perante Rodrigo, a quarta e última aposta de Hierro, já no prolongame­nto. A Roja teve 74 por cento de posse da bola e continua invicta (sem penáltis) desde o Euro’2016, mas foi a Rússia a festejar.

 ??  ??
 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal