O Jogo

Recebidos como heróis

Banho de multidão no regresso de Portugal a casa

- FREDERICO BÁRTOLO

Cordão policial foi insuficien­te para suster as tentativas várias dos adeptos portuguese­s, ávidos de uma assinatura ou de uma fotografia. André Silva e Pepe foram os mais solícitos na receção

O Aeroporto Humberto Delgado parou para a chegada da Seleção Nacional a Lisboa e o ambiente foi de festa, com cânticos de apoio constante aos comandados de Fernando Santos. A eliminação nos oitavos de final, ante o Uruguai, não refreou o agradecime­nto dos portuguese­s à turma campeã da Europa. As Quinas ainda estão nas boas graças de todos e, de um modo geral, cada momento com os principais jogadores é motivo de euforia generaliza­da.A comitiva atraso use três horas a sair da Rússia, chegando à capital lusa pelas 20h15. Os primeiros incentivos ouviram-se mal o staff começou a sair para arrumar as bagagens no autocarro personaliz­ado. Repetiu-se quatro vezes, até Fernando Santos, Ricardo Quaresma, Pepe e André Silva aparecerem na linha da frente. Pararam e fizeram vénias para as cerca de seis centenas que os esperavam, já depois de o hino ter sido entoado duas vezes. Houve algum desalento quando os adeptos perceberam que Cristiano Ronaldo não os acompanhav­a na saudação aos adeptos.

O selecionad­or, emocionado, confessava o desalento com a eliminação: “Estamos tristes. Queríamos dedicar ao povo português uma imensa alegria. Sentimos uma enorme frustração.” Adrien, esse, agradecia o carinho popular: “Estou muito feliz por ver aqui tanta gente. É muito importante sentir este apoio, especialme­nte por não termos chegado aos objetivos.” Bernardo Silva sublinhou também a receção calorosa.

As primeiras declaraçõe­s à Imprensa decorreram num perímetros em fãs à volta. B em diferente depois da aproximaçã­o de alguns dos jogadores para dar autógrafos e tirar fotografia­s. O contingent­e policial (cerca de 30) parecia insuficien­te para conter tamanho entusiasmo.

“Procurámos fazer o nosso melhor por estas pessoas, o nosso povo, e esta receção é um sinal de que nos apoiam”, disse Pepe, antes de assumirfal­hado . “Não con seguimos o propósito, que era a final. Temos de saber lidar com as dificuldad­es, e aquele segundo golo depois do empate complicou”, recordou, antes de chutar para canto a pergunta sobre a continuida­de na equipa. “Quer tirar-me da Seleção?”, questionou a sorrir.

Também Beto e Bruno Alves (36 anos) se escusaram a falar da continuida­de na turma das Quinas, revelando, sim, a vontade de ver a Seleção evoluir para voltar a conquistar troféus. “Demos o nosso melhor, mas qualquer campeonato do mundo é muito difícil. Queremos trazer mais títulos para Portugal”, asseverou o defesa

do Rangers. O guardião completou, exaltando o jogo com o Uruguai :“Foi pena eé um amargo de boca ser eliminado naquele que foi o nosso melhor jogo. A Seleção vai continuar a crescer.” José Fonte foi taxativo quanto à sua disponibil­idade :“Nem que o treinador só precise de mim para limparas botas .”

Os jogadores recolheram às viaturas dos familiares que os aguardavam. Rui Patrício (Wolverhamp­ton) fo idos mais apressados; Gelson Martins e William( ex-Sporting),mas apesar de serem jogadores livres depois das rescisões, disseram nãopoder falar. Bruno Fernandes foi dos últimos a sair( ver página 10), já com a multidão a dispersar, e falou sem reservas.

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