Regressa a melhor defesa
Danilo: do hospital direto ao Olival
Com o regresso de Marcano após castigo, Sérgio Conceição tem à disposição novamente o quarteto que jogou a maior parte da temporada e que tão bons resultados foi apresentando até janeiro. Há 75 dias que o treinador não utiliza, de início, Ricardo Pereira, Felipe, Marcano e Alex Telles, a base de muito daquilo que foi a estabilidade defensiva da equipa. O último jogo em que os quatro jogaram juntos foi a meia-final da Taça da Liga, contra o Sporting. Já lá vão dois meses e meio, portanto.
Se o regresso de Marcano, no lugar do desastrado Osorio (esteve ligado ao primeiro golo do Belenenses e saiu ao minuto 72), é absolutamente seguro, o recuo de Ricardo Pereira está, para já, apenas no domínio do “provável”. Em casa, contra adversários da dimensão do Aves, os dragões costumam apresentar-se em 4x4x2, mas com um extremo de raiz, que não Ricardo. Conceição ainda estará a pensar e tem mais três treinos para decidir, mas o mais provável é mesmo que aconteça desta forma e Casillas tenha à frente o quarteto que mais vezes o protegeu. É certo que não há Corona nem Marega, os dois que mais vezes fazem a ala direita. Mas há Otávio, que até resultou em vitórias quan- do por lá passou, Paulinho e Waris...
Voltando ao quarteto defensivo de que se fala, os resultados foram, como já escrevemos, absolutamente extraordinários. Senão vejamos: em 19 jogos com eles em campo, o FCPortovenceu15(79%),empatou três e perdeu apenas um, em casa com o Besiktas. A equipa marcou 2,4 golos por jogo e sofreu apenas 0,7. Sem o melhor quarteto em simultâneo, os azuis e brancos disputaram 26 jogos, venceram “apenas” 17 (65%), empataram cinco e perderam quatro. No que diz respeito à produção, os números também são piores, embora a este nível a diferença na comparação seja menor: média de 2,3 golos marcados e 0,8 sofridos.
A título de curiosidade, refira-se que Maxi Pereira foi quem mais vezes “furou” a preferência de Conceição. O uruguaio foi titular 16 vezes até agora. Diego Reyes entrou de início em 15, mas apenas em 13 deles como defesa-central. Também Layún foi utilizado na defesa em quatro jogos desde início, antes de ser emprestado ao Sevilha. Mais recentemente foi o ainda júnior Diogo Dalot a estrear-se. E o miúdo conseguiu encaixar no onze em seis jogos. Osorio, reforço de inverno, foi o último a estrear-se no onze inicial. O venezuelano estreouse no Restelo por causa do castigo de Marcano e da lesão de Reyes. Mas não correu bem e esta semana já nem se deve sentar no banco.