MAR FICOU BRAVO
PENÁLTIS Pela segunda vez em “meias”, Portugal afundou-se no desempate dos onze metros: guardião chileno parou três tiros
As duas seleções andaram 120 minutos a farejar nesgas e potenciais erros para definir o vencedor. Os chilenos estiveram mais perto (duas bolas no ferro) e acabaram a golear nas penalidades
Quando de um lado e do outro do campo se investe quase tudo na busca de um erro, de um apequena fenda para definir diferenças, aconsequência,à faltada tal nesga,éa igualdade. O zero a zero arrastou-se até ao desempate por penáltis, mas nessa decisão o Chile, que cheirara mais as redes em 120 minutos, goleou na competência: Bravo parou três tiros (de suplentes utilizados) e os seus companheiros trataram de enganar Rui Patrício outras tantas vezes, validandoo apuramento par afinal da Taça das Confederações e condenando Portugal – duas meias-finais perdidas neste sistema em grandes provas – a regressar a Moscovo para se bater pelo terceiro posto.
O primeiro momento quente teve impressão digital chilena, com Alexis Sánchez a desmarcar Vargas e este a perder o golo perante a mancha de Patrício. Conta para o filme desta partida, mas, devemos confiar, o lance seria anulado se a bola se tem encaminhado para o interior da baliza portuguesa, porque o atacante saiu de posição irregular. A resposta do campeão europeu foi pronta, com Ronaldo a colocar André Silva em ótima posição para cantar golo, mas bravo foi o Claudio que capitaneia e tem a missão de evitar que a bola beije as redes do Chile. Feitos os avisos mútuos, o campeão da América do Sul, em 4x4x2 losango, conseguiu ter mais bola e, projetando os laterais, sobretudo Isla na direita, produziu alguns desequilíbrios. Por volta da meia hora, André Gomes retificou o posicionamento e tapou o buraco, com o desenho tático lusitano a flutuar entre o 4x4x2 e o 4x3x3 (a defender). Os minutos do relógio iam correndo, chegando-se ao intervalo com pouco mais para contar, a não ser que a seleção portuguesa, quando tinha bola, elaborava pouco e apostava muito nas ações de transporte, especialmente pelos pés de Bernardo Silva, que recuperou de entorse no tornozelo direito e foi titular.
O segundo tempo diferiu pouco do primeiro. A defensiva lusa estremeceu duas vezes: uma após cruzamento de Beausejour à esquerda e finalização aérea desastrada de Vidal; outra numa execução de improviso de Vargas na área, para intervenção apertada, mas segura de Patrício. Na resposta, Ronaldo pôs-se na zona de tiro, na esquerda da área, mas o chuto foi parado por Bravo. A equipa das Quinas continuava a contrapor saídas rápidas à atitude de controlo de um Chile de passe curto, mas faltou-lhe esclarecimento e falhou na ligação de lances nos últimos 30 metros.
Fernando Santos mexeu primeiro (76’): retirou André Silva e lançou Nani.O ajuste tático foi imediato, com Nan ia posicionar-se no flanco esquerdo e André Gomes (o mais rematador ... semdireção)a derivar para o meio, na sombra de Ronaldo. Portugal procurava velocidade e frescura nos corredores laterais( Quaresma no lugar de Bernardo Silva seguiu essa linha) e maior precisão na distribuição. Ninguém se desmanchava, num jogo muito tático, de espera pelo erro, e o prolongamento tornou-se inevitável, já com uma alteração no Chile (Rodríguez na vez de Vargas).
Depois de se pouparem acorrerias no fecho dos 90 minutos regulamentares, os chilenos viram uma folga na direita, com Isla a subir e a cruzar para o cabeceamento perigosíssimo de Sánchez. Ficariam por aí até aos 105’, coma bola a passar par aos pés dos portugueses,que, no entanto, tornaram a ser precipitados e trapalhões na zona onde tudo se decide – Moutinho( nolug arde Ad ri en) foi chamado par atentar contribuir na reparação do detalhe que faltava, mas a segunda parte do prolongamento teve mais alma chilena do que pernas lusitanas. E os ferros (poste e barra) estiveram com Patrício, por duas vezes no mesmo lance, ao minuto 118, arrastando o desafio para o desempate por penáltis. E aí caiu para o lado de quem estivera mais perto do golo.