O Jogo

Um verdadeiro talismã

Lupeta ingressou no futebol esloveno em finais de fevereiro, assinando até 2019 com o Celje. E desde que chegou a equipa ainda não sabe o que é perder

- PEDRO RIBEIRO

O avançado formado nos dragões estreou-se a marcar no 1-0 sobre o Aluminij, que permite à equipa continuar a sonhar com a ida à UEFA. Sobre a liga lusa, diz que nada é impossível para o FC Porto

A aposta na mudança da África do Sul (do Ajax Cape Town) para o futebol esloveno, em finais de fevereiro, já rende frutos a Lupeta. Formado nas escolas do FC Porto, o avançado estreou-se a marcar pelo Celje, dando o 1-0 sobre o Aluminij, que permite à equipa continuar na luta pelo acesso direto à Liga Europa. “Fui mais rápido do que o defesa”, explica Lupeta a O JOGO, prosseguin­do: “O outro ponta de lança cabeceou ao primeiro poste e na recarga encostei para o fundo da baliza.”

Justifican­do a mudança de África para a Eslovénia com o facto de “sentir saudades do futebol mais técnico e tático da Europa”, Lupeta desvenda que o acordo assinado com o Celje, válido até 2019, foi feito com um intuito bem definido. “Apostaram em mim com a convicção de que tudo vai correr bem param e poderem vender depois. Par aonde? Para um campeonato mais forte”, esclarece o ex-internacio­nal sub-18 português, realçando que, até agora, tudo corre como o previsto: “O treinador está feliz, diz que para a semana é para fazer já outro golo. Está a gostar do meu efeito na equipa e os meus colegas também. Desde que comecei a jogar, a equipa ainda não perdeu em seis jogos. Sou uma espécie de talismã [risos].” Tendo em conta o valor do Celje, Lupeta traça como objetivos coletivos “a subida ao quarto lugar” da liga eslovena que dá o acesso à Liga Europa – está a quatro pontos do ND Gorica e faltam seis jornadas para o fim da prova.

Assumindo que “adorava voltar a Portugal”, Lupeta reconhece que “sonha com a Seleção”, mas realça ter os “pés na terra”. “Não tenho currículo nem feitos para ser chamado”, atira, enumerando o companheir­o da seleção sub-18 que mais o impression­ou: “João Mário. Tinha uma capacidade técnica e tática de encarar o jogo já muito adiantada. Todos os treinos fazia algo de novo, acrescenta­va um toque, um passe, um golo incrível. Ao seu estilo.” Por ter sido Dragão, Lupeta acredita que o FC Porto ainda pode ser campeão e justifica: “Nada no FC Porto é impossível.”

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