O Jogo

XEQUE-MATE OU NOVA ESPERANÇA

- ANTÓNIO PIRES

ESPANHA O Real chega em boa forma e motivado ao clássico com um Barcelona mais pressionad­o e quase obrigado a vencer o jogo

Com uma vantagem de três pontos e um jogo a menos, os merengues podem praticamen­te sentenciar a liga. Após eliminação na Champions, os blaugrana jogam a salvação da temporada

Real Madrid e Barcelona disputam hoje o clássico dos clássicos, um jogo cuja rivalidade extravasa as fronteiras de Espanha eé seguido com enorme atenção em todo o mundo. Independen­temente da fase ou prova em que se defrontam, os jogadores dos dois colossos espanhóis disputam estas partidas como se fossem a mais importante das suas vidas. E, hoje, a partida pode ser mesmo decisiva para os catalães. Na semana em que foi eliminado da Champions, ao contrário do Real Madrid, o Barcelona entra em campo com menos três pontos que o rival e este tem ainda um jogo em atraso, contra o Celta. Ou seja, se os merengues vencerem podem fazer um autêntico xeque-mate na liga, a cinco jornadas do fim. Já uma vitória culé pode reabrir a esperança do tricampeon­ato a Luis Enrique que está de saída.

Até hoje, 233 jogos fizeram a história de El Clássico e o equilíbrio é evidente, com magra vantagem dos merengues, embora acentuada nos jogos no Santiago Bernabéu. Contudo, nas dez épocas anteriores (só em jogos na liga) houve quatro triunfos para cada lado e no ano passado o Barcelona ganhou mesmo em Madrid por 4-0. Contudo, à frente do Real encontra-se um treinador, Zinedine Zidane, ainda invicto contra o Barça. O francês estreou-se na época passada com um triunfo por 2-1 em Camp Nou que, na altura, recolocou os merengues na corrida pelo título. Já este ano empatou 1-1 novamente no estádio rival.

Entre os muitos heróis destes jogos, destacam-se Cristiano Ronaldo e Lionel Messi, que têm vindo a superar recordes atrás de recordes. Aliás, o argentino do Barcelona já é mesmo o melhor artilheiro em clássicos, com 21 golos em 33 jogos. Entre ele e o CR7 intromete-se o mítico Di Stéfano (18 tentos), mas os 16 golos do capitão da Seleção dão-lhe uma média quase igual à da Pulga. Curiosamen­te, Ronaldo só fez cinco golos ao Barça no Bernabéu, revelando-se maisletale­mCampNou.Contudo, em excelente momento e depois de resolver a eliminatór­ia da Champions contra o Bayern, com cinco golos nos dois jogos, o português é sempre candidato a resolver um jogo desta dimensão. O mesmo se passa de resto com Messi, que até está a realizar uma temporada com números superiores aos do rival, mas que está sem marcar ao Real Madrid há seis jogos seguidos, a sua maior série de sempre.

Hoje têm a palavra os artistas e há dúvidas se dois deles vão a jogo: Bale (Real) e Neymar (Barça). O primeiro de volta após lesão, o segundo [ver breve] convocado à condição por estar castigado e sem certezas de estar elegível.

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