O Jogo

“O FC PORTO É O MEU S

AROUCA Ivo Rodrigues sente que cresceu como jogador com a ajuda de Lito Vidigal e não esconde que o objetivo é voltar ao Dragão

- ANDRÉ BASTOS

O extremo afirma que o plantel do Arouca foi o melhor grupo em que trabalhou ao longo da sua carreira. Foi convidado a continuar no clube, mas diz ainda nada saber acerca do futuro

Ivo Rodrigues, que represento­u o Arouca por empréstimo do FC Porto, ainda não sabe por onde vai passar o seu futuro, mas após ter realizado aquelaquec­onsideraas­uamelhor época em termos de rendimento e regularida­de, o extremo diz-se mais jogador e capaz de agarrar outros desafios. Terminou o campeonato com 30 jogos disputados e três golos apontados. Agora que terminou o empréstimo ao Arouca, qual é o objetivo? —O objetivo é o mesmo do início da temporada: é poder lutar por um lugar na equipa do FC Porto, é o sítio onde sempre sonhei estar, se vou ou não ainda não sei. Se estou preparado, também não sei. Não sei se vou fazer a pré-época lá e não sei se é este ano que consigo um lugar no plantel principal, mas é o meu sonho. O facto de o clube se ter apurado para a Liga Europa e ter feito uma época extremamen­te positiva será um fator aliciante para continuar? Alguém falou consigo nesse sentido? —As pessoas gostam de mim e falaram-me sobre isso. Se regressar, serei recebido de braços abertos, mas como referi, não é esse o objetivo e tenho de esperar por ordens superiores – não sei o que o FC Porto quer fazer. Também tenho em consideraç­ão os clubes de fora, porque tenho curiosidad­e em experiment­aroutrosca­mpeonatos, para ter outra visibilida­de. Este empréstimo ao Arouca foi mais produtivo do que o anterior, ao V. Guimarães? O queesteven­abasedoseu­aumento de rendimento? que sabes e ajudar a equipa da forma correta. A confiança do treinador e o meu trabalho estão na base do meu cresciment­o. Em termos pessoais, em que aspetos evoluiu mais ao longo do ano? —Na tomada de decisões. Cresci muito a nível de maturidade. O míster dizia: “És bonzinho com os pés, és rápido, mas o que interessa é a decisão, tens de melhorar nisso.” Disse-me isso no início e no fim fiquei mais jogador: não perdia tanta bola, sabia jogar mais com o espaço e com o tempo. Qual foi a chave de todo este sucesso da equipa, que culminou no quinto lugar? —A mentalidad­e do treinador, baseada na união da equipa, na entreajuda e no respeito. O treinador fez as pessoas acreditare­m que era possível: a motivação e o trabalho vieram todos da parte dele. Foi o melhor grupo que apanhei como futebolist­a, ainda hoje nos juntamos. Criou-se uma base de amizade e respeito que, dentro de campo, nos levava a tudo uns pelos outros. Vi muitas equipas a não fazerem isso e, se calhar, não atingiram os seus objetivos; nós conseguimo­s. Os festejos do apuramento para a Liga Europa foram feitos em sua casa... Como foi esse dia? —Na sexta-feira, o treino tinha acabado por volta das 21h30 e, como era tarde, jantámos num restaurant­e em Arouca. Vimos o Tondela fazer um jogaço incrível contra o Paços e pensámos que pudesse ser possível festejar nesse fim de semana, pois o Rio Ave ia jogar contra o FC Porto. Combinámos, calhou ser em minha casa e fizemos uma festa de arromba. Lembro-me de que o jogo foi às 16h00 e ainda havia aqui jogadores às 21h00...

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