O Jogo

Saber por onde crescer

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Esta final deixou também outras notas a reter nos dois onzes. O Marítimo é uma equipa que deixa sempre a sensação de que tem valor para poder dar mais. Tem bons médios, mas custoulhe durante toda a época encontrar a melhor forma de os combinar (mesmo que mantendo sempre o 4x3x3). Perdeu uma referência clara para jogar a 6 (que parecia no inicio ir ser Fransérgio embora seja mais um 8) e acho estranho que Alex Soares não dê mais ao onze como titular de forma consistent­e. Eber Bessa é o que mais “trabalha”, mas isso não significa que seja o que mais... jogue. Tem, porém, um “motor” dentro dele que o mete sempre no caminho da bola. Onde a equipa pode crescer mesmo é através de João Diogo. Imaginava que, esta época, o fizesse crescer na especializ­ação como médio-ala. Penso que a sua margem de evolução passa por aí para acabar melhor as jogadas que cria pela faixa. Acabou por recuar para lateral outra vez quando Nelo Vingada quis forçar o ataque (com Alex Soares). Entre os últimos sinais que o onze “encarnado” deixa no fim da época, ficam as arrancadas de um pequeno lateral-esquerdo espanhol. Grimaldo, 1,70 m. A visão física que se tem do jogo quando se olha só para os jogadores antes de o jogo... começar, provoca dúvidas imediatas. Como vai aguentar choques e o lado atlético do jogo? A solução está na sua forma de explicar como se faz para “jogar bem”. Foge ao contacto, acelera quando chega perto dos adversário­s e toca para ir buscar mais à frente. Afinal, pode crescer. Não era assim tão “pequeno”. Porque sabe crescer no... jogo.

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Grimaldo foge ao contacto, acelera quando chega perto dos adversário­s e toca para ir buscar à frente

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