JACKSON RESISTE A JONAS
Usando o melhor onze numa partida que também serviu de ensaio para a final da Taça da Liga, Jesus agitou-se e mobilizou os encarnados como se fosse um clássico a doer, mas desta vez não chegou
No fecho da Liga, outro clássico, mas este comum desfecho que fez sorrir o FC Porto. Ao ficar em branco no triunfo do dragão sobre o Penafiel (2-0), quase 24 horas antes de Benfica e Marítimo se defrontarem na Luz, Jackson, estacionado na liderança dos marcadores com 21 golos, ainda acendeu o rastilho da esperança de Jonas, que precisaria de enfiar a bola três vezes na baliza dos insulares para ser ele o rei dos artilheiros. Ao mesmo tempo, o nulo do colombiano dos dragões foi o detonador da adrenalina de que Jorge Jesus, o técnico dos encarnados, já virtual bicampeão nacional, confessou sentir falta na preparação do último encontro do campeonato. Empurrado pelo me lh o r onze das águias, que também ensaia - ram a final da Taça da Liga a disputar na próxima sexta-feira diante dos madeirenses, Jonas carregou, foi servido para matar e fê-lo em três ocasiões, mas só viu dois dos tiros serem validados – aos 68’ ainda celebrou, mas o lance foi anulado por fora de jogo (ver página 8).
Em igualdade com Jackson, Teve de sofrer, porque foi incapaz de aproveitar a receção ao Penafiel para cavar uma diferença que desencorajasse Jonas, o seu principal perseguidor na corrida ao prémio de goleador da Liga, mas Jackson (na foto) fechou a época como melhor marcador do campeonato, com 21 remates certeiros – e fê-lo pelo terceiro ano consecutivo, pois também reinou em 2012/13 (26 golos) e 2013/14 (20). Mário Jardel, recordese, fora o último a conseguir igual façanha. o benfiquista seria o vencedor – porque t eve menos tempo de utilização –, mas... não passou dos 20 golos. “Jonas só não foi o melhor marcador do campeonato porque o assistente, mal, anulou-lhe um golo”, criticou Jesus, que se irritou e agitou energicamente na área técnica, levando muito a sério o objetivo de coroar o ex-Valência. Lamentando a decisão do assistente Luís Ramos, o camisola 17 do Benfica reagiu, porém, com fair play. “Foi por pouco que não consegui o prémio individual. Se o assistente não anulasse aquele golo... É uma pena não ganhar, mas Jackson é um grande jogador, de nível mundial. O mais importante era o bicampeonato”, disse Jonas, numa pausa nos festejos.
GOLEADORES Já bicampeão, o Benfica forçou o troféu individual, mas faltou um tiro ao seu matador para bater o rei portista