COM A CABEÇA NAS FÉRIAS
TRADIÇÃO Tal como o Sporting, o Estoril fechou a I Liga a marcar em todos os jogos em casa e a última vítima foi um Boavista que nunca ameaçou a superioridade canarinha no adeus à época
O Estoril termina a época com 40 pontos e o Boavista com menos seis, mas ambos seguidos na tabela, no 12.º e 13.º lugares respetivamente. E esta diferença viu-se em campo
O Estoril fechou a época a marcar em casa, tal como fizera nos 16 jogos anteriores, um feito apenas logrado pelo Sporting. Desta vez marcou, e por duas vezes, frente a um Boavista que, em caso de sucesso, poderia agarrar o seu oponente na classificação. O desfecho aceita-se e até pela margem averbada no marcador, dada a superioridade evidenciada pelo anfitrião ao longo da maior parte do jogo, perante uma pantera que apenas a espaços se mostrou felina no ataque. Aliás, e se olharmos à primeira parte, o Boavista apenas perigou comum livre direto de Correia, a um minuto para o descanso. Tudo o mais foi pintado de amarelo forte, que logo aos 8’ se adiantou por Bonatini, após boa desmarcação do inevitável Sebá. O extremo foi, aliás, o grande (único?) municiador do Estoril nesta etapa da partida.
Com o intervalo, o treinador Petit tentou dar outra profundidade à equipa, colocandoem campo Bobô e Leozinho, obrigando o visitado a recuar um pouco as suas linhas, mas sem nunca descurar as contraofensivas, quase sempre lançadas pelos alas – Fernandinho e Sebá –; mas este era, claramente, um jogo de final de época e o entusiasmo nas bancadas contagiou os jogadores, com as pernas em campo mas a cabeça nas férias, até porque as duas equipas já tinham alcançado os seus objetivos, ainda que o Estoril tivesse partido para a época com a ideia de par- ticipar na luta europeia.
O golo, de cabeça, do defesacentral Rúben Fernandes, já em período de descontos, apenas serviu para o arremessar de mais alguns foguetes depois de uma segunda parte jogada a passo e sem quaisquer lances de golo. Um bocejo de 45 minutos.
No final, os jogadores confraternizaram com os respetivos adeptos, revelando que o futebol também pode (e deve) ser um exemplo de fair play. Diogo Amado foi eleito, pelos canarinhos, como o melhor jogador da temporada.
“Ganhar é sempre bom. Queríamos despedir-nos dos adeptos que nos apoiaram sempre nos jogos em casa e fora. Foi uma temporada irregular”
Fabiano Soares
Treinador do Estoril “Na primeira parte não estivemos bem e não nos conseguimos encontrar. Na segunda foi diferente e criámos algumas oportunidades”
Petit
Treinador do Boavista