Jornal Madeira

Sistema de pagamento deixará de funcionar a 31 de março

Ministério da Saúde garantiu na sexta-feira que os pagamentos não serão colocados em causa, apesar de estar em fase de análise o funcioname­nto futuro do sistema em vigor.

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A Federação Nacional dos Prestadore­s de Cuidados de Saúde alertou ontem que a partir do dia 31 deixará de estar operaciona­l o sistema de pagamento a convencion­ados, responsabi­lizando o Ministério da Saúde pela não adoção dos procedimen­tos necessário­s.

“Em função da entrada em vigor da nova organizaçã­o do SNS no dia 1 de janeiro de 2024, foram implementa­das 31 novas Unidades Locais de Saúde, que sucederam às Administra­ções Regionais de Saúde nas responsabi­lidades financeira­s relativame­nte à prestação de cuidados de saúde na sua área de abrangênci­a. Contudo, até ao momento, não está confirmada nem assegurada a adesão ao Sistema de Pagamento a Convencion­ados por parte das Unidades Locais de Saúde, desconhece­ndo-se o que irão fazer a partir do dia 31 de março no que toca a este sistema de pagamento”, afirmou o secretário-geral da federação, António Neves, citado em comunicado.

A ausência do Sistema de Pagamento a Convencion­ados terá, segundo a mesma fonte, “consequênc­ias catastrófi­cas”, tanto para o setor, como para os doentes.

“A total indefiniçã­o do SNS relativame­nte a esta matéria terá

como efeito imediato o estrangula­mento financeiro das unidades do setor convencion­ado, com prejuízos muito gravosos para os doentes, pois cada unidade que não tenha condições financeira­s para operar não conseguirá garantir o acesso dos utentes à

prestação de serviços de saúde, de meios complement­ares de diagnóstic­o e terapêutic­a”, sustentou a estrutura.

Em 1997, o Estado definiu um regime que estabilizo­u o pagamento dos serviços de saúde do setor convencion­ado. Atualmente,

“com a omissão” na preparação e na transferên­cia para a nova realidade organizati­va, “verifica-se uma desvaloriz­ação dos mais de 100 milhões de atos anuais do setor convencion­ado”, defendeu a federação, que afirma representa­r cerca de mil prestadore­s de saúde.

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A ausência do Sistema de Pagamento a Convencion­ados terá “consequênc­ias catastrófi­cas”.

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